Polícia faz operação para tentar desvendar desaparecimento de policiais em SP
Investigadores apreenderam carros de luxo e joias na casa da ex-mulher de um amigo dos desaparecidos
Fernanda Trigueiro
A polícia realizou, nesta 3ª feira (28.mar), uma operação para tentar desvendar o mistério sobre o desaparecimento de dois policiais: um civil e um militar, em São Paulo. Os investigadores apreenderam dois carros de luxo e joias na casa da ex-mulher de um comerciante que, segundo as investigações, era amigo do PM e do escrivão.
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Policiais saíram de madrugada para cumprir oito mandados de busca e apreensão em quatro cidades. Uma delas, Bertioga, no litoral paulista.
Um dos alvos foi uma mansão na Riviera de São Lourenço, um condomínio de luxo à beira-mar. A casa estava vazia. Segundo a polícia, ela pertence a um comerciante conhecido como "Galego", suspeito de ligação com o desaparecimento do policial civil, Thiago Devides Marcondes, de 41 anos.
Ele foi visto, pela última vez, no dia 16 de fevereiro. As câmeras de segurança de um posto de combustíveis, em Poá, na Grande São Paulo, gravaram o momento em que Thiago entra em um carro. No veículo, segundo as investigações, estaria o policial militar Gilberto Antunes Xavier, de 46 anos, conhecido como alemão. A ex-mulher do comerciante foi levada para prestar depoimento.
"Ela é esposa de um amigo do nosso colega escrivão que desapareceu, um amigo que tem uns negócios escusos, vamos chamar assim por enquanto", afirma a delegada Ivalda Aleixo.
Na casa dela, em Mogi das Cruzes, foram apreendidos dois carros de luxo e joias. "Não sabe explicar a casa que ela mora num condomínio fechado em Mogi, não sabe explicar a origem dos carros e nem tudo de valor, luxo que ela tem dentro da casa", conta a delegada.
O policial militar Gilberto Antunes Xavier foi intimado a prestar depoimento dias depois do sumiço do amigo policial civil, mas não compareceu à delegacia. A ex-mulher registrou um boletim de ocorrência do desaparecimento dele.
Durante o depoimento, a ex-mulher do comerciante foi acompanhada por um advogado que se apresentou também com defensor do PM desaparecido. Segundo a delegada, Gilberto prometeu se apresentar para prestar esclarecimentos sobre o sumiço do amigo.
"Pessoas desaparecidas não passam procuração, tem alguma coisa errada aí. Recebemos algumas denúncias de que eles eram amigos, que eles vendiam carros juntos, faziam rolo", diz a delegada.
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