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Festa promovida por "coaches" de relacionamento tinha garotas menores de idade

Mulheres não foram avisadas que serviriam de "cobaia" num curso de conquista amorosa

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A Polícia Civil identificou duas menores de idade que participaram da festa promovida em São Paulo por dois americanos que se intitularam "instrutores de paquera".

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As mulheres convidadas para o evento não foram avisadas que serviriam de "cobaia" num curso de conquista amorosa. As aulas foram vendidas na internet e custavam até R$ 260 mil.

Uma das adolescentes que participou da festa, realizada em fevereiro no bairro do Morumbi, na zona sul da capital, foi ouvida pela polícia nesta 2ª feira (20.mar).

A festa virou caso de polícia depois que uma mulher de 27 anos registrou um boletim de ocorrência. Ela disse que conheceu um rapaz por um aplicativo de namoro e foi convidada para o evento. Segundo ela, quase todos os homens no local eram estrangeiros.

Em Brasília, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, disse que esse episódio incentiva o turismo sexual. A pedido dele, a Polícia Federal também vai investigar o caso.

"O Brasil tem um histórico que precisa ser enfrentado de turismo com exploração sexual. E esse é um turismo que a gente não quer", disse Freixo.

Em São Paulo, a Polícia Civil apura o crime de exploração sexual mediante fraude, porque as mulheres foram enganadas e também não sabiam que seriam filmadas. Uma segunda adolescente que também participou da falsa festa foi identificada e deve ser ouvida nos próximos dias.

Os dois norte-americanos investigados se definem como "coaches" de relacionamentos. Depois que as denúncias vieram à tona, eles apagaram os vídeos da internet. Os dois saíram do país e estariam nas Filipinas.

O único brasileiro investigado até agora é Fabrício de Castro Júnior. Ele assinou o contrato de aluguel da mansão. Fabrício, que ainda será ouvido pela polícia, também se define como coach e especialista em relacionamentos.

Em nota, a defesa dele disse que esteve na festa como convidado e que não sabia que adolescentes tinham sido chamadas. O dono da mansão também afirmou que não sabia que o local seria usado para o curso.

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