Ucrânia pressiona COI para não aceitar atletas russos nos Jogos de 2024
Liberação neutra dos competidores é vista como "desaforo" e pode gerar boicote
Camila Stucaluc
Autoridades ucranianas continuam pressionando o Comitê Olímpico Internacional (COI) para que não aceite atletas russos ou bielorrussos nos jogos de 2024, em Paris. Em mensagem nas redes sociais nesta 2ª feira (30.jan), o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, disse que o grupo é formado por criminosos.
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"A Rússia ganhou 71 medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. 45 deles foram vencidos por atletas que também são membros do Clube Esportivo Central do Exército Russo. O exército que comete atrocidades, mata, estupra e saqueia. Este é quem o ignorante COI quer colocar sob bandeira branca permitindo competir", escreveu.
A declaração aconteceu poucos dias após o Comitê afirmar que estava estudando autorizar a possibilidade de atletas com passaportes russos e bielorrussos competirem como "neutros". Isso porque, em 2020, a Rússia foi expulsa das competições por quatro anos depois de encobrir a falsificação de testes antidoping.
Mesmo não podendo representar o Estado ou qualquer outra organização do país, as autoridades ucranianas consideram a possível participação russa nas Olimpíadas um "desaforo". Na última semana, por exemplo, o presidente Volodymyr Zelensky disse que os princípios olímpicos e a guerra se opõem fundamentalmente.
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"A Rússia deve parar a agressão e o terror na Ucrânia, e somente depois disso será possível falar sobre a participação russa no movimento olímpico", afirmou Zelensky, ressaltando que já havia comentando sobre o assunto com o presidente da França, Emmanuel Macron, e que o ato poderia gerar um possível boicote.