EXPLICA: O que é comprovado e o que é falso sobre a facada em Bolsonaro
Confira a verificação realizada pelos jornalistas integrantes do Projeto Comprova
COMPROVA EXPLICA: O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi esfaqueado em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 6 de setembro de 2018, durante ato público de campanha. Após o episódio, ele foi operado pelo médico-cirurgião Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo. Bolsonaro desenvolveu quadro de obstrução intestinal após a facada, realizando seis cirurgias desde então, que levaram-no a uma série de atendimentos em hospitais. Dois desses procedimentos não tiveram relação com o episódio da facada. Desde o atentado, peças de desinformação sobre o caso circulam pela internet: que tenha levado apenas um soco no estômago, que não sofreu o atentado por não ter tido um sangramento externo no abdômen ou que tenha sido diagnosticado com câncer e, por isso, foi submetido aos tratamentos médicos já citados. O autor do crime, Adélio Bispo de Oliveira, foi absolvido impropriamente ? quando o réu é considerado inimputável ? pela Justiça Federal de Minas Gerais, em 2019. Ou seja, ele não é sentenciado a uma pena, mas passa a cumprir alguma medida de segurança. No caso de Adélio, a Justiça aplicou a medida devido a laudo que comprovou que ele sofria de transtornos mentais. Os dois inquéritos abertos pela Polícia Federal sobre o crime apontam que Adélio agiu sozinho e sem mandantes. Ele também não esteve na Câmara dos Deputados no dia do atentado, como afirmam postagens enganosas. Um terceiro inquérito está em andamento para apurar o financiamento de sua defesa no processo.
Conteúdo analisado: Postagens no Facebook e no Twitter apresentam versões diferentes a respeito do episódio envolvendo a facada contra o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral de 2018. À época, ele era filiado ao PSL, partido que, após uma fusão com o DEM, deu origem ao União Brasil. As peças questionam a veracidade do atentado contra Bolsonaro, a autoria do crime e a motivação do autor da facada, Adélio Bispo.
Comprova Explica: Postagens com alegações enganosas sobre o atentado sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018, continuam a circular nas redes sociais mesmo quatro anos depois do ocorrido. Muitos conteúdos trazem informações que não foram confirmadas pela equipe médica que atende o presidente ou pela Justiça e pela Polícia Federal (PF), que investiga o caso. Apesar de ainda haver investigações em andamento, especificamente sobre o custeio da defesa do autor do atentado, nas conclusões apresentadas até agora não há qualquer sinalização de que a facada tenha sido falsa ou que o presidente tivesse sido diagnosticado com um câncer, para que fosse submetido aos procedimentos cirúrgicos que realizou.
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Já sobre Adélio Bispo, a decisão da Justiça Federal, em 2018, foi de internação devido ao quadro mental que o autor da facada apresenta. Segundo pareceres médicos da defesa de Adélio e de peritos escolhidos pela acusação, ele sofre de transtorno delirante persistente, o que o torna inimputável. Isso também descarta qualquer hipótese, com base na investigação da PF, de que o crime tenha envolvido outras pessoas ou algum mandante. Adélio segue em reclusão no Presídio Federal de Campo Grande (MS) pelo menos até o ano de 2025 e todas as investigações realizadas até o momento apontam que ele agiu sozinho.
Com a proximidade de um novo pleito, no qual Jair Bolsonaro disputa a reeleição, o Comprova decidiu explicar quais as conclusões foram apresentadas até agora em relação ao caso, esclarecendo dúvidas desde o momento do crime até as decisões judiciais contra Adélio Bispo.
Como foi o episódio da facada em Bolsonaro?
Em 6 de setembro de 2018, o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro foi esfaqueado em Juiz de Fora, Minas Gerais. O ataque aconteceu enquanto Bolsonaro fazia corpo a corpo (caminhada entre populares durante um ato de campanha) no Calçadão da Rua Halfeld, no Centro da cidade.
A facada foi perpetrada por Adélio Bispo de Oliveira, à época com 40 anos. Adélio é natural de Montes Claros, cidade do norte de Minas Gerais. Após o ataque, ele tentou fugir, mas foi impedido por pessoas presentes no local e, posteriormente, detido e levado pela Polícia Federal (PF), que o autuou em flagrante pelo crime.
Havia outras pessoas envolvidas no crime presentes no local?
Na data do esfaqueamento, faltavam 31 dias para o primeiro turno das eleições presidenciais. O momento era de extrema polarização entre as candidaturas de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT). Com isso, nas primeiras horas após o ocorrido, começaram a surgir diversas peças de desinformação sobre o episódio nas redes sociais.
Um dos conteúdos disseminados era de um vídeo que supostamente mostrava um homem dando um soco no abdômen de Bolsonaro logo após a facada, enquanto ele era carregado. A postagem, inclusive, voltou a circular no mês de julho deste ano, no perfil do Instagram do cantor e candidato a deputado federal pela Bahia, Netinho (PL). O post foi checado pelo Estadão Verifica, que atestou o conteúdo como falso. Na época da facada, um dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), desmentiu a história em uma publicação no Twitter, onde escreveu que "o homem que supostamente deu um soco em Bolsonaro é um Policial Federal. Não foi um soco, sua mão estava mole, ele estava direcionando o corpo de JB para entrar no carro".
Outra peça de desinformação que viralizou nos primeiros dias após o atentado sugeria que a faca usada no crime contra o candidato à presidência foi passada da mão de uma mulher para a mão de um homem antes de chegar ao autor do crime, Adélio Bispo. No entanto, ao analisar um dos vídeos que registrou o momento do atentado, é possível ver que a mulher em questão não passa nenhum objeto cortante para o homem de camiseta branca. Na sequência, é possível ver a mão do homem vazia após cruzar com a mulher. O Comprova fez uma análise deste vídeo em editores de imagens como o Watch Frame by Frame.
Bolsonaro não simulou o atentado para tratar câncer no estômago
Mesmo com o ataque registrado por diversos ângulos e repercutido por veículos de imprensa, a veracidade do ataque continua a ser questionada em postagens enganosas nas redes. Uma das alcunhas adotadas é chamar o ocorrido de "fakeada", uma junção das palavras fake ? falso, em inglês ? e facada. Uma das hipóteses levantadas é a de que Bolsonaro teria um câncer no estômago e o ataque foi simulado para que ele pudesse passar pelas cirurgias necessárias sem que a doença fosse revelada. A peça de desinformação foi desmentida pela seção Fato ou Fake, do portal G1, ainda em novembro de 2018. O médico Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, que atendeu Bolsonaro na época, explicou ao G1 que o candidato não tem câncer. "Ele não tem câncer nenhum. Ele sofreu uma facada, uma tentativa de assassinato", disse Macedo. "Ele nunca teve câncer. Quem escreveu isso é completamente ignorante", complementou o médico ao G1.
As dúvidas em relação ao caso seguiram e frequentemente novas publicações sobre o tema surgem. Em 5 janeiro deste ano, uma publicação na página Militantes de Esquerda, no Facebook, fez questionamentos sobre uma foto onde o cirurgião Antonio Macedo aparece atendendo Bolsonaro no hospital sem equipamentos como jaleco ou luvas cirúrgicas, relacionando a imagem à facada. A publicação é uma captura de tela de um post no Twitter. O texto da postagem diz: "É sério isso? O Dr. Macedo examina o paciente, sem jaleco médico, sem luvas, sem higienização hospitalar. Seus trajes é do Revelion (sic) das Bahamas. É piada! Pode isso @Medicina_CFM (Conselho Federal de Medicina)?" Por meio de busca do texto no Google, o Comprova encontrou uma publicação idêntica feita no dia 4 de janeiro, às 10h51, no horário de Brasília, no Twitter. A publicação é de autoria do perfil Marco Santo, que constantemente publica críticas a Bolsonaro.
Por meio da ferramenta Google Lens, o Comprova encontrou a imagem usada na publicação em uma matéria do site Poder360, publicada também na manhã de 4 de janeiro de 2022, às 9h54. No texto, o Poder360 explica que a imagem foi capturada de uma postagem no perfil oficial de Bolsonaro no TikTok. A postagem foi feita na manhã de 4 de janeiro, quando Bolsonaro estava internado no hospital Vila Nova Star, em São Paulo. O registro não tem qualquer ligação com o atentado de 2018. O presidente foi à unidade depois de passar mal durante o período de férias, em Santa Catarina. O médico Antônio Luiz Macedo chegou ao local na mesma data da gravação do vídeo, depois de voltar das férias em Bahamas, onde estava com a mulher, para atender Bolsonaro. O presidente estava internado no local desde 2 de janeiro.
O Comprova procurou tanto o médico (por WhatsApp) quanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) (por e-mail) para esclarecerem o contexto da imagem. Até o fechamento deste texto, ambos não haviam retornado.
Quem eram os advogados de Adélio?
A defesa de Adélio Bispo foi composta por quatro advogados. O autointitulado coordenador do grupo é o advogado Zanone Manuel de Oliveira Junior, com registro vigente na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a partir do município de Contagem, em Minas Gerais, mantendo a Zanone Manuel de Oliveira Junior Sociedade Individual de Advocacia. Além de Zanone, atuam no caso os advogados Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, Marcelo Manoel da Costa e Fernando Magalhães.
De acordo com o Cadastro Nacional de Advogados da OAB, Possa e Costa têm registro vigente no município de Barbacena, também em Minas Gerais. Os dois são sócios do escritório Costa, Garcia, Lopes, Marotta & Possa Sociedade de Advogados.
Já Magalhães tem registro da OAB no município de Betim, também em Minas Gerais, sendo sócio da Fernando Eulalio Sociedade Individual de Advocacia.
Quem pagou os advogados de Adélio?
De acordo com o advogado Possa, em entrevista ao UOL, em novembro de 2021, o escritório de Zanone acertou o recebimento de R$ 25 mil pela defesa de Adélio Bispo. O advogado, no entanto, diz que há um acordo de confidencialidade para não revelar quem financiou a defesa. Até novembro daquele ano, segundo o advogado Possa, teriam sido pagos apenas R$ 5 mil.
"É uma pessoa ligada a ele (Adélio) religiosamente. Eu não sei a identidade dela, só o doutor Zanone (Manuel, que está à frente da defesa do caso) que sabe, teve contato com ela. Mas não há mandante, um financiador, ninguém que tinha conhecimento prévio dessa ação perpetrada pelo Adélio. Somente ao saber da facada é que ele se dispôs a ajudá-lo por uma questão de amor ao próximo, vamos assim dizer", disse o advogado ao ser entrevistado pelo UOL.
O Comprova entrou em contato por meio de mensagens no aplicativo WhatsApp com o advogado Zanone Manuel de Oliveira Junior, mas não houve resposta.
Sigilo do advogado de Adélio foi quebrado
No dia 3 de novembro de 2021, a Segunda Seção do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) autorizou a quebra de sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior. A medida veio após operação da Polícia Federal, em 2018, que apreendeu os materiais de Zanone em seu escritório. A medida foi autorizada com o objetivo de chegar a uma conclusão sobre como Adélio Bispo, que não teria condições de pagar por um advogado de renome, segundo o TRF-1, contratou Zanone.
Por ocasião da decisão, a Polícia Federal reabriu o inquérito que investiga o caso, para analisar os dados do advogado. O Comprova perguntou à PF se já havia prazo para apresentar novas conclusões e quais as diligências que estavam em andamento. A corporação respondeu apenas "não se manifestar sobre eventuais investigações em andamento".
Conclusões da investigação sobre a facada
Em outros dois inquéritos, a Polícia Federal já havia concluído que Adélio agiu por motivação política, mas que ele sofre de distúrbio mental. Conforme pareceres médicos da defesa de Adélio e de peritos escolhidos pela acusação na decisão da Justiça, em 2018, conclui-se que ele sofre de transtorno delirante persistente. Nos inquéritos, a PF também não apontou evidência de algum mandante do atentado. O inquérito chegou à conclusão de que não houve participação de terceiros.
Adélio foi absolvido impropriamente ? a absolvição imprópria permite que o réu seja considerado inimputável ? pelo juiz federal Bruno Savino em 14 de junho de 2019. Neste caso, ele não é sentenciado a uma pena, mas passa a cumprir alguma medida de segurança. No caso de Adélio, a decisão foi pela conversão da prisão preventiva em internação.
No dia 14 de julho de 2022, o juiz Bruno Savino expediu ofício ao juiz corregedor da Penitenciária Federal de Campo Grande/MS, solicitando a renovação do prazo de permanência de Adélio Bispo dos Santos naquele estabelecimento até maio de 2025.
Como fora sentenciado em julho de 2019, Adélio tinha previsto o prazo de três anos para ser submetido a novos exames, com possibilidade de liberação, conforme decisão do juiz federal, devendo ser solicitadas novas informações à Diretoria do Sistema Penitenciário Federal em maio do ano de 2025, caso não sejam prestadas informações espontâneas até a data estipulada sobre a situação do custodiado.
No último dia 25 do mês de julho, Adélio foi submetido a uma nova perícia médica na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Os laudos dos exames, realizados por peritos da Justiça Federal, estão previstos para serem divulgados até o fim de agosto. A depender do diagnóstico, há possibilidade de Adélio ser colocado em liberdade. Em entrevista ao UOL, o advogado de Adélio afirmou que a perícia pode apontar uma melhora no quadro de saúde dele, devido aos tratamentos psicológicos pelos quais ele vem passando durante o cumprimento da pena. O advogado, contudo, acredita que Adélio deve ser mantido no presídio federal para continuar com seu tratamento.
Adélio, o autor da facada
Desde 2018, quando cometeu o atentado contra Bolsonaro, o nome de Adélio Bispo de Oliveira passou a estampar noticiários do Brasil e de outros países. A partir daí, uma série de especulações e histórias surgiram envolvendo o autor da facada.
Adélio nasceu na cidade de Montes Claros, Minas Gerais, em 6 de maio de 1978. Em setembro de 2018, uma reportagem de Mateus Parreiras, do Estado de Minas, reproduzida pelo Correio Braziliense, trouxe detalhes da vida de Adélio, o que inclui passagens por diferentes cidades brasileiras. Na maior parte dos casos, sem ficar muito tempo em cada um dos municípios ou ainda se mudando frequentemente de bairros numa mesma cidade.
Conforme a publicação, Adélio deixou sua cidade natal pela primeira vez quando ainda tinha 17 anos, no ano de 1995. De lá pra cá, passou por diversos bairros de Uberaba, no Triângulo Mineiro; morou também em Florianópolis, Santa Catarina.
Ao longo deste tempo, teve alguns trabalhos com carteira assinada ou sem registro formal, como quando atuou como servente de pedreiro. Essa foi a ocupação registrada por ele, em 2007, junto à Justiça Eleitoral. Na ocasião, Adélio filiou-se ao PSOL, tendo permanecido nos quadros da sigla até 2014, quando pediu para deixar o partido. As investigações também não revelaram qualquer indício de envolvimento de partidos políticos com o crime. Antes do atentado, em seu perfil no Facebook Adélio compartilhava conteúdos críticos a Bolsonaro, como mostrou uma reportagem da Folha, em 2018.
Passagem pelo Congresso
Assim como outros episódios já citados acima envolvendo Adélio, peças de desinformação também circularam nos últimos anos dando conta de uma possível ida dele à Câmara dos Deputados, no dia 6 de setembro de 2018, mesma data do crime. É o caso, por exemplo, de uma uma publicação feita no Twitter, em 5 de agosto de 2022. O post questiona: "Como o nome do esquerdista e homicida Adélio Bispo foi parar na Câmara dos Deputados e justamente no dia em que ele desferiu uma facada no abdômen do então candidato à presidência Jair Bolsonaro?"
Conteúdos desta natureza acabaram sendo reforçados por um equívoco cometido à época dos fatos. Ainda em setembro daquele ano, um ofício redigido por Paul Pierre Deeter, diretor da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, apontou a "existência de dois registros de entrada referentes à pessoa do Senhor Adélio, ambos datados do dia 6 de setembro de 2018, dia em que fora efetuada sua prisão no estado de Minas Gerais em decorrência do atentado ao deputado Bolsonaro".
No dia 20 de setembro, foi concluída uma apuração por parte da Polícia Legislativa apontando que a "suposta visita" de Adélio à Casa foi um engano.
Segundo Paul Deeter, um funcionário da Câmara acessou o sistema para checar se havia alguma informação de que o autor da facada já teria estado no Congresso anteriormente. A atitude teria sido tomada em função da grande repercussão do caso. "O funcionário quis fazer essa busca, mas acabou registrando o nome de Adélio no sistema quatro horas depois do fato", afirmou o diretor à imprensa.
Vale lembrar, inclusive, que Adélio foi preso pela PF instantes após o atentado, sendo impossível sua passagem pela Câmara no horário indicado no suposto registro.
Também não ficou caracterizada, segundo a investigação, nenhum tipo de má-fé por parte do funcionário da Casa. Após o arquivamento, a ocorrência foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF). Tal procedimento, segundo a Câmara, é o padrão adotado em todos os casos de arquivamento de investigações ou inquéritos conduzidos pela Polícia Legislativa da Casa.
Anos antes do atentado, em agosto de 2013, há registros da entrada de Adélio na Câmara, mas não há detalhes dos locais, tampouco gabinetes visitados por ele.
Por que explicamos: O Comprova investiga conteúdos sobre pandemia, eleições e políticas públicas que atinjam alto grau de viralização nas redes sociais. Já o "Comprova Explica" serve como instrumento para que os leitores entendam um conteúdo que está viralizando e causando confusão, como é o caso do tema aqui analisado. Desde a campanha eleitoral de 2018, o episódio da facada no presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, passou a ser tema de diversas peças de desinformação e é objeto de buscas constantes no Google. Conteúdos falsos ou enganosos que envolvem atores políticos causam prejuízos ao processo democrático e atrapalham a decisão do eleitor, que deve ser tomada com base em informações verdadeiras.
Outras publicações sobre o tema: Prestes a completar quatro anos, o episódio da facada no presidente Jair Bolsonaro segue sendo alvo de boatos, especulações e desinformação. Desde então, diversos conteúdos relativos ao caso já foram analisados por agências de checagem, além de receber uma ampla cobertura da imprensa brasileira.
O Comprova, por exemplo, já verificou ser falso que Bolsonaro tem câncer e não levou facada e que médico de Bolsonaro disse "câncer de intestino" em vídeo de reportagem, mas como brincadeira. Constantemente, perfis nas redes sociais também tentam relacionar adversários do atual presidente ao crime ocorrido na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Neste sentido, o Comprova já demonstrou que homem em foto com Gleisi Hoffmann não é agressor de Bolsonaro e que post mente ao tentar associar Lula e Manuela D?Ávila a facada contra Bolsonaro.
Investigação e verificação
Jornal do Commercio, CBN, GZH e Nexo participaram desta investigação e a sua verificação, pelo processo de crosscheck, foi realizada pelos veículos Correio Braziliense, Correio, A Gazeta, Piauí, O Povo, Estadão, Plural, O Popular, UOL, O Dia, Band News, Folha, SBT e SBT News.
Projeto Comprova
Esta reportagem foi elaborada por jornalistas do Projeto Comprova, grupo formado por 42 veículos de imprensa brasileiros, para combater a desinformação. Iniciado em 2018, o Comprova monitorou e desmentiu boatos e rumores relacionados à eleição presidencial. Agora, na quinta fase, o Comprova segue verificando conteúdos suspeitos sobre políticas públicas do governo federal e eleições, além de continuar investigando boatos sobre a pandemia de covid-19. O SBT e SBT News fazem parte dessa aliança.
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