Vídeo: faqueiro de ouro é apreendido pela PF em mansão de líder de facção
São cumpridos nove mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária no CE, AL e SP
Luiza Bervian
Um faqueiro de ouro foi apreendido pela Polícia Federal (PF), na mansão de um líder de facção criminosa no Ceará. A operação realizada nesta 6ª feira (12.ago), denominada "Espelho Branco 2", efetuou buscas nas cidades de Fortaleza, Eusébio, Aquiraz, Itarema e Santa Quitéria, todas no Ceará, além de Maceió (AL) e São Paulo. Foram encontrados no local, junto ao faqueiro, dezenas de relógios de luxo e aparelhos eletrônicos. Imagens divulgadas pela PF mostram a chegada dos policiais e o interior do imóvel.
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A operação
A operação Espelho Branco 2 visa desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro decorrente do tráfico de drogas, envolvendo a liderança de uma facção criminosa no Ceará. A ação é responsável pelo recolhimento de provas para instrução do inquérito policial envolvendo a atuação dos suspeitos no crime.
São cumpridos nove mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária em domicílios investigados nas cidades cearenses. Também foi determinado o bloqueio de valores nas contas dos suspeitos, sequestro de imóveis de luxo (em valores superiores a R$ 5 milhões) e veículos (em valores superiores a R$ 2 milhões).
Segundo os agentes, a primeira fase da operação foi deflagrada em novembro de 2021 e resultou na prisão da liderança da facção criminosa. Posteriormente, a investigação apontou indícios de atuação do grupo na dissimulação da propriedade de bens, da movimentação de recursos ilícitos e da integração no mercado formal de recursos oriundos do tráfico de drogas e outros crimes.
"Identificou-se uma teia criminosa com atuação dos investigados para ocultar origem ilícita de recursos através de transações comerciais, entrelaçamento e confusão nos negócios; uso de documentos falsos e interpostas pessoas; reuniões de criminosos em hotéis e condomínios de luxo e investimentos em empresas com atos dos suspeitos que ostentavam riqueza de forma incompatível com qualquer atividade lícita", disse a PF.
Com os documentos apreendidos hoje, os agentes esperam individualizar a atuação dos suspeitos no esquema criminoso e a participação de terceiros. Os investigados podem responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas, com penas de até 40 anos de reclusão.