Velório de ex-primeiro-ministro Shinzo Abe começa no Japão
Milhares de pessoas prestaram homenagens ao político, assassinado durante um comício na semana passada

Erika Okazaki
Começou, na tarde desta 2ª feira (11.jul), em Tóquio, o funeral do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, morto a tiros enquanto discursava em um comício na última 6ª feira (08.jul).
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O corpo do ex-premiê chegou ao templo budista Zojoji para um velório reservado a parentes e amigos íntimos. Uma outra cerimônia, aberta a aliados políticos, empresários e diplomatas está prevista para esta 3ª feira (12.jul).
Do lado de fora, um memorial foi montado para que admiradores pudessem depositar flores em homenagem ao ex-líder. O mesmo aconteceu em frente à sede do Partido Liberal Democrata, onde os japoneses fizeram fila para se despedir.
Em visita não programada ao Japão, o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, encontrou-se com o atual primeiro-ministro Fumio Kishida. Ele entregou ao premiê uma carta do presidente americano, Joe Biden, à família de Shinzo Abe e disse que ele era um homem com "grande visão de futuro'.
O atirador, Yamagami Tetsuya, disse que matou Abe porque acreditava que o político promovia uma organização religiosa que, segundo Tetsuya, levou a mãe dele à falência. O líder da organização, conhecida como Seita Moon, confirmou que a mãe do assassino era uma seguidora do grupo, mas disse que não havia registro de doações feitas por ela à organização.
Dois dias depois do crime, os japoneses foram às urnas e garantiram à coalização apoiada por Abe a maioria absoluta na Câmara Alta do parlamento, equivalente ao Senado no Brasil.
A ampla vitória permitirá que a aliança governista realize um dos grandes desejos de Shinzo Abe em vida: modificar a Constituição pacifista do Japão, em vigor desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Os parlamentares eleitos devem aprovar aumento nos gastos militares e retirar do texto o artigo que proíbe a participação do exército japonês em conflitos armados internacionais.
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