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RJ: PMs são presos acusados de tortura e extorsão a criminosos

Policiais formaram grupo que atuava à margem da lei, sequestrando e ameaçando traficantes, sem prendê-los

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Armas, munições, algemas, joias e outros itens espalhados no chão
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Até o fim da manhã de 5ª feira (26.mai), nove policiais militares do Rio de Janeiro foram presos acusados de fazer parte de uma organização criminosa que torturava e extorquia criminosos, sem prendê-los. 

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A operação "Mercenários" foi comandada pelo Ministério Público do estado, com apoio da Corregedoria da PM. Segundo as investigações, os policiais presos extorquiam traficantes, formando uma quadrilha que torturava e exigia o pagamento de resgate. 

Os bandidos eram sequestrados e passavam pelas sessões de violência. Os policiais militares presos são de vários batalhões do estado, dispersos nas unidades. Porém, o grupo atuou junto em 2020, na Baixada Fluminense, nos 21º e 24º batalhões, de São João de Meriti e Queimados, respectivamente. 

A investigação começou a partir da análise do aparelho celular de Adelmo Guerini, preso em agosto de 2020 durante uma operação que visava um grupo miliciano em Jacarepaguá. Foi descoberto que PMs do Grupo de Ações Táticas do 24º Batalhão e da Seção de Inteligência do 21º integravam a organização criminosa. 

Entre os presos, estão André Araújo, que era subcomandante do 24º Batalhão e, depois, comandante do 21º. Araújo levou parte do grupo para formar o serviço de inteligência, chamado de "P2". Ali, Anderson Orrico comandava a seção. Segundo o MP, "o esquema criminoso do 24º foi copiado e implementado no 21º" e a quadrilha contava com informantes e "arrecadadores de propina". Araújo, atualmente, comanda o 15º Batalhão, em Duque de Caxias. 

Além dos mandados de prisão, casas e endereços ligados aos presos foram vasculhados pelos agentes, com 35 mandados de busca e apreensão.  

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