Militares da Marinha matam perito da Polícia Civil após briga no RJ
Após ser baleado, corpo do papiloscopista foi levado em uma viatura da Marinha
Três militares da Marinha foram presos no Rio de Janeiro, na noite deste sábado (14.mai), acusados do assassinato do papiloscopista da Polícia Civil, Renato Couto de Mendonça. Ele estava desaparecido desde a última 6ª feira (13.mai).
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Segundo as investigações, o crime aconteceu após o policial ir a um ferro-velho, na Praça da Bandeira, zona norte do Rio, e ter uma desavença com os donos do estabelecimento. Renato foi no local após saber que objetos de metal dele tinham sido furtados por usuários de drogas e vendidos para esse ferro-velho.
O policial teria sido instruído pelo dono do local a retornar em outro horário, quando foi baleado e colocado dentro de uma van. Ainda segundo a Polícia Civil, pai e filho, donos do estabelecimento, e outros comparsas utilizaram uma viatura da Marinha para sequestrar o papiloscopista.
Os militares identificados são: os sargentos Manoel Vitor Silva Soares e Bruno Santos de Lima, além do cabo Daris Fidelis Motta. O pai do sargento Bruno, dono do ferro-velho, Lourival Ferreira de Lima, também foi preso. Todos foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O corpo de Renato continua sendo procurado. A Polícia Civil faz diligências no Arco Metropolitano, na altura do Rio Guandu, em Japeri, na Baixada Fluminense, onde poderia estar o corpo.
A Marinha do Brasil lamentou o ocorrido e "reitera seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os princípios militares. A MB reforça, ainda, que não tolera tal comportamento, que está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação e informa que abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência".