Apoio a quem precisa: a mobilização para ajudar refugiados da Ucrânia
Ceder e alugar casas, ações voluntárias e apoio de brasileiros fazem parte das iniciativas de apoio a afetados pela guerra
SBT Brasil
Para diminuir o impacto da guerra na vida de ucranianos que precisaram deixar o país, pessoas de diferentes partes do mundo têm se juntado para dar apoio aos refugiados. As ações acontecem em diferentes frentes, como ceder espaços em casas, iniciativas de voluntariado e, no meio do processo, há até a contribuição de brasileiros.
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A nordestina Maria Thereza Coelho, que atualmente mora na Romênia, por exemplo, cedeu a fazenda onde mora para receber quem foge da guerra. "A sensação quando as pessoas começaram a sair era de desespero. Eu pensei que poderia ser eu com a minha família", afirma a artesã. "Se a gente pode ajudar com alegria, vamos ajudar", completa o marido, Rubrtus Nesselrode.
Pessoas de outras partes do mundo também alugam imóveis que estão desocupados na Ucrânia para ajudar financeiramente os proprietários. Hilary Mak, uma psiquiatra que mora na Inglaterra, tem feito parte da ação de apoio a ucranianos à distância. Ela decidiu alugar um espaço em Kiev, capital ucraniana que tem sido alvo de ataques, mesmo sem se hospedar.
"Obviamente não se pode ir para o local, mas há pessoas que ganham a vida dessa forma. É uma alternativa para enviar dinheiro para eles e ainda ter um contato pessoal direto com quem precisa de ajuda", diz. Segundo a inglesa, outras pessoas têm feito o mesmo.
O enviado especial do SBT à Ucrânia, Sérgio Utsch, relata ter visto voluntários que tiraram as férias para ajudar pessoalmente os refugiados. "Pode parecer insano pensar em tirar férias em um lugar tomado por exércitos, mas é exatamente isso que milhares de pessoas estão fazendo", declara.
Desde o início da guerra, mais de dois milhões de pessoas deixaram a Ucrânia em situação de refúgio. O número de mortes de civis também é destaque. Divulgação da Organização das Nações Unidas desta 4ª feira (9.mar) aponta que ao menos 516 pessoas morreram desde o início dos ataques. Dessas, 37 eram crianças. Outras 908 pessoas ficaram feridas.