União Europeia suspende canais russos por disseminação de notícias falsas
Entidade também acusa veículos de manipulação sobre ofensiva russa na Ucrânia
A União Europeia (UE) informou, na noite de 4ª feira (2.mar), que adotou novas sanções contra dois meios de comunicação russos suspeitos de veicular notícias falsas e manipular informações do Kremlin. Segundo a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, o grupo decidiu suspender as atividades dos canais estatais Russia Today (RT) e Sputnik News em todos os países pertencentes ao bloco.
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"Neste tempo de guerra, as palavras importam. Estamos testemunhando propaganda massiva e desinformação sobre esse ataque ultrajante a um país livre e independente. Não deixaremos os apologistas do Kremlin derramarem suas mentiras tóxicas justificando a guerra de Putin ou semear as sementes da divisão em nossa União", declarou von der Leyen.
De acordo com o decreto, as sanções abrangem todos os meios de transmissão e distribuição das redes, como cabo, satélite, IPTV, plataformas, sites e aplicativos. Todas as licenças, autorizações e acordos de distribuição relevantes estão suspensos. Em nota, o bloco ressaltou que as atividades dos meios de comunicação estavam representando "uma ameaça significativa e direta à ordem e segurança públicas da UE".
"A manipulação sistemática de informações e a desinformação pelo Kremlin são aplicadas como uma ferramenta operacional em seu ataque à Ucrânia. Hoje, estamos dando um passo importante contra a operação de manipulação de Putin e fechando a torneira para a mídia estatal russa na UE. Já sancionamos anteriormente a liderança do RT, incluindo o editor-chefe Simonyan, e é lógico também visar as atividades que as organizações vêm realizando em nosso sindicato", disse o Alto Representante e vice-presidente da entidade, Josep Borrell.
O pacote de medidas restritivas contra a Rússia continua aumentando à medida em que o exército do país avança no território ucraniano. Ontem, o presidente norte-americano Joe Biden anunciou o fechamento do espaço aéreo dos Estados Unidos para voos procedentes da Rússia, além do bloqueio total às entidades de defesa russa e a investigação do patrimônio de oligarcas russos.
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Outros governos como Alemanha, França, Japão e Reino Unido também já anunciaram sanções e continuam implementando novas medidas contra o país para tentar congelar a economia russa e dificultar o investimento em forças militares.
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