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Jornalismo

SP: câmera em uniforme contribui para queda nas mortes cometidas pela PM

Ao todo já são 34 unidades com equipamentos que ajudam na preservação da vida

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Imagens geradas por câmeras em uniformes de PMs são transmitidas em centro de operações da corporação (Reprodução/SBT Brasil)
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O número de mortes cometidas pela Polícia Militar de São Paulo cai 36% em 2021. Uma das razões foi o uso de câmeras nos uniformes dos PMs. O equipamento grava todas as ações do policial e, dependendo da ocorrência, elas são acompanhadas em tempo real, no centro de operações.

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Caso necessário, reforços podem ser acionados. Desde a implantação do programa, em junho do ano passado, já são 6 milhões de vídeos arquivados. Para avaliar a conduta dos policiais e os métodos utilizados, as imagens são analisadas diariamente e, em muitas ocasiões, servem de prova. 

Na semana passada, policiais realizaram uma blitz em busca de criminosos que sequestraram uma motorista. "Desce, maluco, desce!", falou um PM na ação.  A prisão em flagrante foi gravada e será usada no processo criminal.

Entre junho e dezembro, o número de mortes envolvendo policiais que usam câmeras foi ainda menor: caiu 85% na comparação com o mesmo período de 2020. Na Rota, tropa considerada uma das mais letais, a redução foi de 89%. Segundo o porta-voz e major da corporação, Rodrigo Cabral, o uso das câmeras faz parte de um conjunto de medidas implantadas para reduzir a letalidade.

"Nós temos ainda o treinamento do Policial Militar, ou seja, o investimento no Policial Militar. A compra de equipamentos menos letais, como as tasers, que ajudam bastante na preservação da vida", afirma o major da PM Rodrigo Cabral.

O sistema é também uma ferramenta de investigação, como em São José dos Campos, onde, no ano passado, um suspeito de roubo, que já havia se rendido, foi morto. O policial militar ainda alterou a cena do crime para justificar a execução.

"O plano do comando da PM é reduzir ainda mais a letalidade e aumentar a eficiência do trabalho policial. E parte da estratégia para alcançar esses objetivos é ampliar o programa Olho Vivo. Até o mês de agosto, 7 mil novas câmeras serão colocadas em operação. Nesta 2ª feira (31.jan), 2.539 câmeras já começaram a ser usadas por homens de mais 15 batalhões, alcançando 34 unidades com esses equipamentos", diz Cabral.  

Para o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rafael Alcadipani, especialista em segurança pública, o uso de câmeras é positivo, mas precisa servir para melhorar a conduta policial. "É preciso que haja um sistema de consequência, um sistema de cobrança colocado para que os desvios sejam corrigidos, senão a câmera cai no descrédito", avalia o educador.  

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