Nova data do Carnaval traz incerteza para os hotéis

O adiamento do carnaval para o feriado de Tiradentes, em abril, gerou um clima de incertezas. A Associação de hóteis da capital fluminense, por exemplo, prevê um prejuízo com a ausência de turistas estrangeiros.

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No Rio de Janeiro várias escolas já aguardavam pelas mudanças no calendário. Por isso, não houve surpresa nos barracões. Muita gente até comemorou. O adiamento vai oferecer menos riscos para o público e para quem for desfilar. Além de garantir mais tempo para finalizar as alegorias.

Nesse quesito, as agremiações estão em perfeita harmonia, explica o carnavalesco da Beija-Flor de Nilópolis. "Nós ganhamos um pouquinho mais de tempo. Ganhamos, aí, mais dois meses pra esmerar melhor o acabamento e conduzir esse processo com um pouquinho mais de tranquilidade e flexibilidade", diz Alexandre Louzada.

Os desfiles de blocos de rua seguem suspensos. Um cenário que terá impactos na rede hoteleira. Mesmo assim, o presidente da Associação Brasileiras de Hotéis prevê que a ocupação será alta no feriado de carnaval, que será matido no início de março. "No ano passado, que nós tivemos um carnaval que já foi anunciado que não haveria carnaval - ou seja: um carnaval sem carnaval, a rede hoteleira chegou a oitenta por cento de ocupação no mercado nacional. Os foliões saíram e as famílias chegaram. Acho que eles optaram vir para o Rio de Janeiro por conta de tudo que o Rio de Janeiro pode oferecer", diz Alfredo Lopes.

O principal recuo para o setor será o adiamento do retorno de turistas estrangeiros, que devem cancelar as reservas. "É um prejuízo. Mas temos que respeitar o que a Ciência está nos apontando, que é o adiamento, ou cancelamento, do carnaval" pondera Lopes.