Metade das prefeituras não recebeu testes de covid do governo, diz pesquisa
Avanço da variante Ômicron e casos de gripe fazem capitais enfrentarem escassez
SBT News
Com o avanço da variante Ômicron e dos casos de gripe no Brasil, a procura por testes disparou. Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), entre 10 e 13 de janeiro, mostrou que metade das quase 2 mil prefeituras consultadas não recebeu testes de covid-19 do Governo Federal.
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Em São Paulo, laboratórios só têm testes de covid para os próximos 7 dias. Segundo levantamento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp), 55% das instituições estão com estoques limitados.
No Norte do país, em Manaus (AM), quem está à espera do exame divide espaço com aqueles que já têm resultado positivo e que aguardam atendimento nas unidades de saúde.
Já outras capitais brasileiras consultadas pelo SBT News, como Fortaleza, Goiânia, Aracaju e Curitiba, informaram que têm testes suficientes para atender a população.
No Distrito Federal, em alguns laboratórios só podem ser testados pacientes que apresentam sintomas ou aqueles tiveram contato com pessoas infectadas. Para isso, é preciso enfrentar uma longa espera.
O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga uma suposta demora do Ministério da Saúde para comprar 14 milhões de testes. O pregão eletrônico para aquisição do material foi cancelado em setembro.
Além disso, o cenário de escassez, filas e demora para divulgação de resultados, soma-se a um novo peso no bolso -- o valor do exame subiu até 300%. Após denúncias, o Procon-SP abriu investigação para apurar se realmente houve alta no preço. Os alvos serão, inicialmente, laboratórios de análises clínicas e, na sequência, as grandes redes de farmácias.
