Brasil completa um ano de vacinação contra a covid
País se aproxima da marca de 70% da população com duas doses aplicadas

SBT News
Há um ano, a enfermeira Mônica Calazans recebia, em São Paulo, a vacina contra a covid. A profissional de saúde foi a primeira a receber a dose do imunizante no país, minutos após a aprovação do uso emergencial pela Anvisa - Agência de Vigilância Sanitária.
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Hoje (17.jan), o Brasil tem quase 70% da população imunizada com duas doses, enquanto 15% já receberam a dose de reforço e cerca de 75% receberam ao menos a primeira dose, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Até a última sexta-feira (14.jan) a campanha coordenada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do ministério da Saúde tinha atingido 68% da população com as duas doses. Isso representa que três em cada quatro brasileiros receberam ao menos a primeira aplicação de um dos quatro imunizantes adquiridos pelo PNI: AstraZeneca, CoronaVac, Janssen e Pfizer.
Para pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz e da Sociedade Brasileira de Imunizações, o principal resultado da vacinação foi a forte queda na mortalidade e nas internações causadas pela pandemia, mesmo diante de mutações mais transmissíveis do coronavírus, como a Delta e a Ômicron.
"Esse pico que estamos começando da Ômicron vai crescer nas próximas semanas e pode atingir número grande de pessoas. Pode haver casos severos entre os vacinados, porque a efetividade da vacina não é de 100%, mas será em uma proporção muito maior entre os não vacinados. E avendo número razoável de não vacinados, isso pode gerar enorme quantidade de casos severos. A Ômicron está expondo a fragilidade dos não vacinados", afirmou o pesquisador da Fiocruz, Maurício Barreto à Agência Brasil.
Barreto vê como positivo o número de 68% da população com duas doses, mas acredita que há espaço para aumentar esse percentual, porque o Brasil tem tradição de ser um país com alto grau de aceitação das vacinas. Além disso, destaca que há diferença grande entre os vacinados com a primeira dose (75%) e com a segunda dose (68%), o que dá margem para avançar entre quem já se dispôs a receber a primeira aplicação.
Para avançar na vacinação, o pesquisador acredita que é preciso entender por que algumas pessoas não completaram o esquema vacinal e identificar localmente possíveis problemas que podem ter criado dificuldades para que as pessoas retornassem aos postos. O objetivo deve ser facilitar ao máximo a ida aos locais de vacinação.
* Com informações da Agência Brasil
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