Homem pula do próprio carro em movimento para escapar de sequestro
Mulher da vítima foi assassinada com pelo menos cinco tiros
SBT Brasil
O autônomo Joel da Silva se atirou do próprio carro em movimento para escapar de um sequestro, na noite de sábado (17.dez), e sobreviveu, mas sua mulher foi assassinada pelos criminosos. O caso aconteceu no Rio Grande do Sul. A atitude desesperada do homem deixou ferimentos na cabeça e na perna.
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Joel e a esposa, que moram no litoral do Rio Grande do Sul, viajaram até São Leopoldo, a 35 km da capital gaúcha, para comprar um veículo anunciado na internet. Era uma armadilha. Ao chegar ao local combinado, o casal foi vítima do sequestro. "Ele puxou uma arma e disse pra mim 'ó, tu vai entregar o dinheiro, o teu carro, e a gente vai te acompanhar e vamos te abandonar na estrada'", relata o autônomo.
Ele e a mulher foram levados pelos bandidos. No percusso, Joel ouviu quando os criminosos disseram que matariam o casal. Nesse momento, decidiu se atirar do veículo. "Me deu uma coronhada, e a minha esposa perguntou 'vocês vão matar nós, moço?', e ele disse 'ó, eu não consigo matar mulher, mas vocês dois eu vou ter que matar, os dois'. Num descuido dele, eu peguei, abri a porta e me joguei", relembra a vítima.
Ainda de acordo com o homem, a única coisa que pensou naquele momento foi escapar e pedir socorro para a esposa. Fernanda Aparecida da Silva, de 31 anos, foi encontrada morta no dia seguinte, em uma rua, com pelo menos cinco tiros. A família não tem dinheiro pra levar o corpo para São Paulo, onde as filhas dela moram.
No domingo (19.dez), a polícia localizou o veículo do casal circulando no mesmo bairro onde ocorreu o sequestro. O motorista tentou fugir e sofreu um acidente durante a perseguição. O suspeito estava com os documentos do casal e foi preso. Segundo a polícia, ele participou do sequestro e do assassinato da mulher de Joel. O comparsa dele ainda não foi identificado. No total, R$ 18,5 mil, em dinheiro, que seriam usados na compra do carro, sumiram.
A polícia investiga a hipótese de latrocínio, ou seja, oubo seguido de morte. "Não se sabe se o alvo seria realmente o veículo, as vítimas", disse a delegada Ariadne Langanke.
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