Nova variante: Austrália e Japão adotam restrições para países sul-africanos
Medida tem como objetivo conter a disseminação da ômicron, classificada como preocupante pela OMS
Os governos da Austrália e do Japão se juntaram, neste sábado (27.nov), à lista de nações que adotaram medidas restritivas a viagens procedentes de países sul-africanos devido à nova variante de covid-19. Classificada como cepa "de preocupação" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a ômicron vem se disseminando rapidamente e também já atingiu moradores de Israel, Hong Kong e Bélgica.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Conforme anunciado, a Austrália suspendeu voos de nove países da África e fechou as fronteiras para qualquer estrangeiro que tenha transitado pelos locais. A medida se aplica às regiões da África do Sul, Namíbia, Zimbabué, Botswana, Lesoto, Eswatini, Seychelles, Malawi e Moçambique. Os australianos que tentarem voltar para casa daquela região terão permissão para entrar no país, mas serão submetidos à quarentena obrigatória em hotéis.
Segundo o ministro da Saúde, Greg Hunt, ainda não há casos conhecidos da ômicron na Austrália, mas as medidas de preocupação são necessárias. Ele informou ainda que qualquer pessoa que já esteja no país, mas que tenha frequentado as nações sul-africanas nos últimos 14 dias, deve entrar em quarentena e fazer o teste para doença imediatamente.
+ Mais de 50 pessoas que voltavam da África testam positivo para covid na Holanda
Já no Japão, o governo anunciou que fortalecerá os controles de fronteira para todos os passageiros procedentes da África do Sul e de outras cinco nações: Botswana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Assim como imposto na Austrália, pessoas que já estiverem no país, mas que tenham transitado pelas regiões listadas, deverão passar por um período de isolamento social de 10 dias em uma instalação designada pelas autoridades de saúde e realizar um total de quatro testes para a doença.
+ Brasil vai barrar entrada de viajantes de seis países da África
Em entrevista na noite de ontem (26.nov), o secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, disse que há a possibilidade de que a nova cepa seja mais infecciosa e possa representar uma ameaça à eficácia das vacinas.