Anvisa pede ao Ministério da Saúde informações sobre novo esquema vacinal
Documento cobra "elementos técnicos que embasaram a decisão" de aplicar doses de reforço contra covid-19
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu ao Ministério da Saúde, em ofício, informações sobre o novo esquema vacinal no país. O documento cobra "elementos técnicos que embasaram a decisão" de aplicar doses de reforço contra a covid-19.
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A decisão do Ministério da Saúde de aplicar a terceira dose ocorreu sem consulta à Anvisa. Por sua vez, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária citou que decisões semelhantes foram tomadas em outros países - Estados Unidos, Canadá, Indonésia, Grã-Bretanha, Israel, entre outros - e, nesses casos, todos submeteram a estratégia à avaliação prévia das respectivas autoridades reguladoras.
Apesar de cobrar o Ministério da Saúde, a Anvisa afirmou que "vem acompanhando as decisões de outros países sobre a vacinação de reforço, bem como os resultados dos estudos de efetividade realizados pela Fiocruz, os quais apontam para a necessidade de reforço".
Em nota técnica, divulgada na noite de 4ª feira (17.nov), o governo indicou que a decisão de aplicação da terceira dose ou dose de reforço foi tomada sob a guarda da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (SECOVID) e reforça que compete à SECOVID "definir e coordenar as ações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação relativas às vacinas covid-19, no âmbito do Programa Nacional de Imunizações".
No documento, o Ministério da Saúde cita um estudo do governo de Israel referente às vacinas da Pfizer e Moderna, que liberou a terceira dose da vacina contra o novo coronavírus para quem todos os indivíduos que receberam a 2ª dose do imunizante há mais de 5 meses - sem se limitar a idosos ou imunocomprometidos -.
O Ministério da Saúde ainda conclui dizendo que a dose de reforço deve ser, preferencialmente, da Pfizer, ou, de forma alternativa, o imunizante Jansenn ou AstraZeneca.