Variante Delta apresenta carga viral 300 vezes maior que vírus original
Capacidade da infecção, no entanto, é igualada a partir do 10º dia da infecção
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Um estudo realizado pela Agência de Prevenção e Controle de Doenças da Coreia (KDCA, na sigla em inglês) identificou que pessoas infectadas pela variante Delta do novo coronavírus apresentaram uma carga viral 300 vezes maior do que as das pessoas contaminadas com a versão original do vírus nos primeiros dias de sintomas. A diferença, no entanto, diminui gradualmente ao longo do tempo.
O estudo comparou a carga viral de 1.848 pacientes infectados com a variante Delta -- identificada inicialmente na Índia -- a 22.106 pessoas que tinham outras cepas do vírus.
O ministro da Saúde Lee Sang esclareceu que a carga viral maior significa que o vírus se espalha mais facilmente de pessoa a pessoa, aumentando o número de contaminações e hospitalizações. "Isso não significa que a Delta seja 300 vezes mais infecciosa. Estimamos que sua taxa de transmissão corresponda a 1,6 vez a taxa da variante Alfa [detectada originalmente no Reino Unido], e a cerca de duas vezes a versão original do vírus", acrescentou.
Segundo os pesquisadores, a rápida disseminação da cepa pode afetar principalmente países que registram uma campanha de vacinação mais lenta. Por isso, a KDCA fez um apelo para que toda a população realize o teste imediatamente após os primeiros sintomas da doença. A cepa já circula por 120 países, inclusive o Brasil.