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Consórcio Nordeste anuncia suspensão de contrato para compra da Sputnik

Decisão vem após impasse com a Anvisa e o Ministério da Saúde para uso da vacina russa no Brasil

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Caixas da Sputnik V
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O Consórcio Nordeste -- que reúne governadores de estados da região -- anunciou nesta 5ª feira (5.ago) a suspensão do contrato de compra de doses da vacina russa Sputnik V. A decisão foi tomada em razão de um impasse entre o grupo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde.

A Anvisa só havia liberado o uso emergencial do imunizante para estados que aceitassem cumprir determinadas regras para a aplicação. Porém, segundo o Consórcio, a agência instituiu novas limitações. Além disso, o Ministério da Saúde, que havia sinalizado com a inclusão da Sputnik no Plano Nacional de Imunização (PNI), recuou e optou por rescindir o contrato de compra da pasta.

O contrato firmado com o Fundo Soberano Russo previa a entrega de 37 milhões de doses da Sputnik -- desenvolvida pelo Instituto Gamaleya --, sendo 2 milhões ainda em abril. Por conta dos entraves, contudo, nenhuma dose chegou a ser entregue.

O cenário de indefinição quanto à compra da Sptunik V havia sido comentado pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), em entrevista ao SBT News na última semana. "Nós não temos a incorporação no PNI, não temos liberação definitiva da Anvisa, a operação de compra, portanto se tornou de altíssimo risco e muito onerosa", afirmou Dino. "Hoje a situação é de impasse e não vejo um horizonte de curto prazo de solução", acrescentou o governador.

Nesta 5ª, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que preside o Consórcio Nordeste, lamentou os problemas que levaram à suspensão do contrato: "Os estados, os governadores, todos nos empenhamos para trazer mais vacinas e, infelizmente, aqui há um impedimento onde a burocracia é usada para impedir a entrada da vacina".

Segundo o Consórcio Nordeste, o Fundo Soberano Russo informou que as vacinas que estavam reservadas serão enviadas a México, Argentina e Bolívia. Assim que a situação for resolvida no Brasil, há a garantia de envio imediato de novas doses.

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