SP: variante de Manaus corresponde a 90% dos casos de coronavírus
Em janeiro deste ano, a P.1 representava 20% das amostras do patógeno sequenciadas
SBT News
Um estudo realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo, chegou à conclusão nesta 3ª feira (27 abr.) de que há 21 linhagens do novo coronavírus em circulação no estado, mas que aquela identificada originalmente em Manaus (AM), a chamada P.1, corresponde a 90% das amostras do patógeno incluídas no mais recente processo de sequenciamento genético feito pelo laboratório e outras instituições no território paulista.
No total, 1.439 sequências genéticas foram analisadas. Segundo os pesquisadores, a P.1 está presente agora nos 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) do estado e só não predomina nos de São José do Rio Preto e de Presidente Prudente, locais em que a variante P.2 aparece mais.
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Os resultados mostram um avanço da P.1 em São Paulo: em janeiro, ela correspondia a 20% dos sequenciamentos, índice que subiu para 40% em fevereiro e 80% em março. Para Regiane de Paula, cordenadora de Controle de Doenças na SES, "o aumento dos casos, internações e óbitos que identificamos especialmente no primeiro trimestre deste ano pode estar relacionado à maior circulação desta variante de atenção".
O governo paulista explica ainda que, até outubro de 2020, a cepa que predominava no estado era a B.1.1.28, correspondendo a mais de 90% das amostras sequenciadas na época. Mutações sofridas por ela culminaram na P.1 e P.2, existentes desde o último bimestre do ano passado. A chamada variante inglesa do coronavírus, a B.1.1.7, por sua vez, aparece em 12 regiões de São Paulo atualmente.
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