Chapada dos Veadeiros: conflito no paraíso
Empresários de Alto Paraíso (GO) suspendem operação, contra autorização da prefeitura
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Um grupo de empresários do setor hoteleiro da cidade de Alto Paraíso de Goiás, na região turística da Chapada dos Veadeiros, decidiu fazer lockdown voluntário e suspender temporariamente suas atividades.
A decisão de fechar as portas por conta própria surgiu depois de a prefeitura do município editar dois decretos (nºs 1895 e 1899) que impunham apenas algumas restrições de funcionamento de estabelecimentos não esseciais, como restaurantes, igrejas e pousadas.
O decreto 1899, datado de 2 de março, estabelece apenas que hosteis e pousadas não façam mais reservas entre os dias 8 e 21 de março, mas não trata das reservas que já foram feitas, ou pede que suspendam as atividades.
Na 6ª-feira (5.mar), a prefeitura divulgou alterações do decreto 1899, no qual permite funcionamento de hosteis entre 8 e 21 de março. Diz o texto:
Apesar disso, muitos donos de pousadas e hoteis da região tomaram medidas mais restritivas, a despeito do que permite a nova redação do decreto.
Ana Maria Mattos foi uma delas. Dona de uma rede de flats na Chapada dos Veadeiros com capacidade de até 40 hóspedes, a empresária afirmou que decidiu aderir ao lockwdown desde 28 de fevereiro.
"Decidimos aderir ao lockdown voluntário para nos preservar mesmo. A gente percebe que, no dia a dia, sempre aparece um turista mais irresponsável. Então fechamos", disse ela ao SBT News.
Para a empresária, a decisão da prefeitura em manter vários serviços abertos é arriscada por atrair ainda mais turistas desse tipo. "Vai atrair muita gente que não tem consciência de se cuidar e cuidar dos outros. Os prefeitos da Chapada tinham que falar a mesma língua nesse momento. Se fizéssemos lockdown de 15 dias, surtiria um efeito muito mais positivo em relação a como está agora", afirmou.
Ana disse que os prejuízos têm sido consideráveis nos seus negócios, mesmo porque sua empresa continua mantendo todos os funcionários. Mas disse que a ideia é evitar um colapso ainda maior na rede pública de saúde do município.
"O prejuízo é significativo. Porque vivemos disso e os nossos custos continuam. Mas nós somos atendidos pela rede de saúde de Goiás. E não temos estrutura na nossa cidade para servir a população caso a situação fique ainda pior", afirmou.
Procurada, a prefeitura de Alto Paraiso de Goiás negou que o lockdown tenha sido prorrogado e afirmou que pode haver fechamento do comércio a qualquer momento.
Enquanto isso, a administração da cidade tem feito divulgação sobre os atrativos da cidade pelas redes sociais. No WhatsApp, o governo local tem disparado mensagens a possíveis turistas afirmando que os serviços do município estão abertos.
"Precisamos divulgar para nossos turistas que o município de Alto Paraíso de Goiás que faz parte da Chapada dos Veadeiros está ABERTO porque somos CONSCIENTES e todos protocolos estão sendo seguidos", diz o texto.
"Sabemos da importância em manter os protocolos informados pela OPAS contra a COVID19. Uma abertura consciente é em favor da saúde, segurança, economia e da vida!".
A decisão de fechar as portas por conta própria surgiu depois de a prefeitura do município editar dois decretos (nºs 1895 e 1899) que impunham apenas algumas restrições de funcionamento de estabelecimentos não esseciais, como restaurantes, igrejas e pousadas.
O decreto 1899, datado de 2 de março, estabelece apenas que hosteis e pousadas não façam mais reservas entre os dias 8 e 21 de março, mas não trata das reservas que já foram feitas, ou pede que suspendam as atividades.
Na 6ª-feira (5.mar), a prefeitura divulgou alterações do decreto 1899, no qual permite funcionamento de hosteis entre 8 e 21 de março. Diz o texto:
"Todos os meios de hospedagem, incluindo aqueles que utilizam ferramentas como Airbnb e Booking, ficam autorizados a manter seu funcionamento desde que respeitando o limite de 65% de sua capacidade".
Apesar disso, muitos donos de pousadas e hoteis da região tomaram medidas mais restritivas, a despeito do que permite a nova redação do decreto.
Ana Maria Mattos foi uma delas. Dona de uma rede de flats na Chapada dos Veadeiros com capacidade de até 40 hóspedes, a empresária afirmou que decidiu aderir ao lockwdown desde 28 de fevereiro.
"Decidimos aderir ao lockdown voluntário para nos preservar mesmo. A gente percebe que, no dia a dia, sempre aparece um turista mais irresponsável. Então fechamos", disse ela ao SBT News.
Para a empresária, a decisão da prefeitura em manter vários serviços abertos é arriscada por atrair ainda mais turistas desse tipo. "Vai atrair muita gente que não tem consciência de se cuidar e cuidar dos outros. Os prefeitos da Chapada tinham que falar a mesma língua nesse momento. Se fizéssemos lockdown de 15 dias, surtiria um efeito muito mais positivo em relação a como está agora", afirmou.
Ana disse que os prejuízos têm sido consideráveis nos seus negócios, mesmo porque sua empresa continua mantendo todos os funcionários. Mas disse que a ideia é evitar um colapso ainda maior na rede pública de saúde do município.
"O prejuízo é significativo. Porque vivemos disso e os nossos custos continuam. Mas nós somos atendidos pela rede de saúde de Goiás. E não temos estrutura na nossa cidade para servir a população caso a situação fique ainda pior", afirmou.
Procurada, a prefeitura de Alto Paraiso de Goiás negou que o lockdown tenha sido prorrogado e afirmou que pode haver fechamento do comércio a qualquer momento.
Enquanto isso, a administração da cidade tem feito divulgação sobre os atrativos da cidade pelas redes sociais. No WhatsApp, o governo local tem disparado mensagens a possíveis turistas afirmando que os serviços do município estão abertos.
"Precisamos divulgar para nossos turistas que o município de Alto Paraíso de Goiás que faz parte da Chapada dos Veadeiros está ABERTO porque somos CONSCIENTES e todos protocolos estão sendo seguidos", diz o texto.
"Sabemos da importância em manter os protocolos informados pela OPAS contra a COVID19. Uma abertura consciente é em favor da saúde, segurança, economia e da vida!".
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