Crime
PM infiltrado grava rotina de um dos traficantes mais perigosos do país
Imagens mostram bandidos fortemente armados, bailes funk e crianças em meio a equipamentos de guerra no Complexo da Maré
Primeiro Impacto
• Atualizado em
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Um agente da Polícia Militar passou meses infiltrado entre criminosos em comunidades do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, e gravou a rotina de um dos traficantes mais perigosos do país, o Rodrigo da Silva Caetano, mais conhecido como Motoboy. As imagens serão encaminhas à Justiça e auxiliarão na prisão de investigados.
Motoboy está sendo monitorado pela Polícia há dez anos e é procurado por diversos crimes, mas principalmente homicídios. No dia 24 de setembro deste ano, por exemplo, o traficante sequestrou e torturou até a morte o pedreiro Jardel dos Santos, por achar que a vítima era informante dos investigadores. Somente depois do crime ele percebeu que estava errado. O corpo de Jardel foi encontrado dentro de um carro no bairro da Penha, zona norte da capital fluminense.
Em um dos vídeos feitos pelo policial infiltrado, é possível ver uma festa em homenagem ao traficante, no dia 18 de maio. Sentado a uma mesa, Motoboy aparece cercado de seguranças. Após o jantar, um dos guarda-costas do criminoso exibe um fuzil. Em entrevista exclusiva ao Primeiro Impacto, o agente que presenciou tudo aquilo admite ter sentido bastante medo.
Sobre o que viu nos locais por onde passou na Complexo da Maré, ele pontua: "tem desde pistola até ponto 50, arma que derruba helicóptero, arma que fura um blindado". Ainda segundo o policial, os armamentos de grosso calibre podem ser vistos em qualquer horário e região naquelas comunidades.
+ Adolescente é flagrado sem habilitação e tenta fugir da PM
Em novembro do ano passado, o Primeiro Impacto mostrou a ostentação de armas e joias em uma baile funk da Maré, além de uma feira livre vendendo drogas. As novas imagens revelam que até agora nada mudou. O pancadão continua no Parque União, umas das favelas, com pessoas se aglomerando mesmo durante a pandemia.
Na festa flagrada desta vez, os participantes ficam em meio a bandidos fortemente armados. Motoboy não aparece, mas os seguranças dele estão sempre de prontidão para proteger ele e seus aliados, como o traficante Clayton Santos Lima Paulino, vulgo Milinho, que foi preso em 2015 por sequestro relâmpago e já está livre novamente. Milinho é acusado de participar da ação que provocou a morte do menino Leônidas de Oliveira, de 12 anos, atingido por uma bala perdida na Avenida Brasil, em outubro de 2020.
No Complexo da Maré, crianças caminham perto de equipamentos de guerra, e muitos garotos são recrutados pelos criminosos, segundo a Polícia. "Geralmente são meninos franzinos, para que eles possam esconder armamento, drogas, em locais que nenhum homem consegue entrar", explica o agente que fez a espionagem.
Motoboy está sendo monitorado pela Polícia há dez anos e é procurado por diversos crimes, mas principalmente homicídios. No dia 24 de setembro deste ano, por exemplo, o traficante sequestrou e torturou até a morte o pedreiro Jardel dos Santos, por achar que a vítima era informante dos investigadores. Somente depois do crime ele percebeu que estava errado. O corpo de Jardel foi encontrado dentro de um carro no bairro da Penha, zona norte da capital fluminense.
Em um dos vídeos feitos pelo policial infiltrado, é possível ver uma festa em homenagem ao traficante, no dia 18 de maio. Sentado a uma mesa, Motoboy aparece cercado de seguranças. Após o jantar, um dos guarda-costas do criminoso exibe um fuzil. Em entrevista exclusiva ao Primeiro Impacto, o agente que presenciou tudo aquilo admite ter sentido bastante medo.
Sobre o que viu nos locais por onde passou na Complexo da Maré, ele pontua: "tem desde pistola até ponto 50, arma que derruba helicóptero, arma que fura um blindado". Ainda segundo o policial, os armamentos de grosso calibre podem ser vistos em qualquer horário e região naquelas comunidades.
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Em novembro do ano passado, o Primeiro Impacto mostrou a ostentação de armas e joias em uma baile funk da Maré, além de uma feira livre vendendo drogas. As novas imagens revelam que até agora nada mudou. O pancadão continua no Parque União, umas das favelas, com pessoas se aglomerando mesmo durante a pandemia.
Na festa flagrada desta vez, os participantes ficam em meio a bandidos fortemente armados. Motoboy não aparece, mas os seguranças dele estão sempre de prontidão para proteger ele e seus aliados, como o traficante Clayton Santos Lima Paulino, vulgo Milinho, que foi preso em 2015 por sequestro relâmpago e já está livre novamente. Milinho é acusado de participar da ação que provocou a morte do menino Leônidas de Oliveira, de 12 anos, atingido por uma bala perdida na Avenida Brasil, em outubro de 2020.
No Complexo da Maré, crianças caminham perto de equipamentos de guerra, e muitos garotos são recrutados pelos criminosos, segundo a Polícia. "Geralmente são meninos franzinos, para que eles possam esconder armamento, drogas, em locais que nenhum homem consegue entrar", explica o agente que fez a espionagem.
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