Caso Raíssa: mãe fala com o Primeiro Impacto dez dias após o crime
Vânia Capareli, de 43 anos, relatou que ainda não conseguiu voltar para casa e está recebendo ajuda de parentes
SBT News
A mãe da menina Raissa Eloá, morta por um garoto, de 12 anos, no último domingo (29), no Parque Anhanguera, na zona norte de São Paulo, conversou com o Primeiro Impacto e relatou, que mesmo após quase dez dias do crime, ela ainda não conseguiu voltar para casa com o outro filho, de cinco anos, e eles estão recebendo ajuda de parentes.
Vânia Capareli, de 43 anos, perdeu a filha, que era autista, em um domingo que era para de ser de alegria para a família, que decidiu comparecer a um evento no estacionamento do Centro Educacional Unificado (CEU) Anhanguera, onde outras centenas de crianças se divertiam, mas não foi assim. Raissa era amiga e vizinha do adolescente e saiu da festa com ele no momento em que a mãe pegava pipoca para o irmão dela. Pouco tempo depois, ela foi encontrada morta no parque com ferimentos por todo o corpo e o jovem acabou confessando o assassinato.
Porém, essa não foi a única tragédia na vida de Vânia. Ela já sofreu violência doméstica de dois maridos e, na infância, uma tentativa de estupro por parte do padrasto. Além disso, durante os nove anos de relacionamento com o pai de Raíssa, ela chegou a morar em um sítio sem o minímo de condições higiênicas e sendo agredida por ele. Agora, ela tenta superar a morte da filha com fé, mas ainda não consegue voltar para a casa e se emociona ao lembrar de como Raíssa a tratava com carinho.
Em relação ao assassino, ela relatou que sempre o viu como uma criança normal e que os dois costumavam brincar juntos. Inclusive, ele chegou a ir para a igreja com eles. Vânia disse ainda, que como ele já tem histórico de violência na escola e é uma pessoa fria, ela acredita que ele agiu sozinho.
Apesar de tudo, a mãe de Raíssa conseguiu perdoar o adolescente, mas deseja que ele não saia da Fundação Casa, onde foi internado e pague pelo que fez.