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Justiça mantém em prisão preventiva procurador que atacou juíza com faca

O ataque aconteceu dentro da sede do Tribunal Regional Federal da 3ª região, e o procurador não tinha passado pelo detector de metais

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Justiça mantém em prisão preventiva procurador que atacou juíza com faca
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O procurador da fazenda nacional, Matheus Carneiro Assunção, passou por uma audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (04), onde o juiz decidiu pela prisão preventiva do procurador. Matheus teve um surto e tentou matar a juíza Louise Filgueiras, em uma das salas do Tribunal Regional Federal, na quinta-feira (03).

Matheus invadiu a sala de dois desembargadores antes de entrar na sala onde a juíza estava, onde ele avançou sobre ela e deu uma facada em seu pescoço. Louise tentou usar as mesas do local para se afastar do procurador, que jogou uma jarra de vidro em direção a juíza, porém errou o alvo. O barulho chamou a atenção dos assessores, que conseguiram imobilizar Matheus.

De acordo com o tribunal, o procurador não passou pelo detector de metais, e nem pelo raio-x, violando a norma presente em todos os tribunais, que também vale para juízes. Medidas de seguranças mais rígidas valem somente para visitantes.

A Associação dos Magistrados Brasileiros ressaltou que é preciso rever as medidas de segurança nos fóruns e tribunais.

Aproximadamente 100 juízes estão sendo ameaçados no Brasil hoje, e vivem sob escolta. Para o presidente da Associação, Jayme de Oliveira, é necessário mudar uma cultura: "A mesma cultura que se tem para ingressar num aeroporto e ninguém reclama, mas nos fóruns isso costuma gerar reação, as pessoas não querem passar, então é uma cultura, nós precisamos estabelecer a cultura da segurança no judiciário".

Pessoas que viram o procurador momentos antes do ataque relataram que ele parecia estar confuso, e teria mencionado o caso do ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, que entrou armado no STF para matar o ministro Gilmar Mendes. 

Matheus foi preso em flagrante e levado para a sede da Polícia Federal, e, após a audiência, foi decidido que ele será levado para um hospital psiquiátrico, no interior de São Paulo.

 

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