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Aras "está ao lado do Brasil", diz Bolsonaro sobre indicação à PGR

A escolha foi antecipada, com exclusividade, pelo repórter Daniel Adjuto. O escolhido, que não integra a lista tríplice, ainda precisa ser sabatinado no Senado

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Aras "está ao lado do Brasil", diz Bolsonaro sobre indicação à PGR
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O presidente Jair Bolsonaro confirmou, nesta quinta-feira (05), a indicação do subprocurador-geral Augusto Aras para suceder Raque Dodge no comando da Procuradoria-Geral da República. A decisão foi revelada, com exclusividade, pelo repórter Daniel Adjuto.

"Acabei de indicar o sr. Augusto Aras para chefiar o Ministério Público Federal. Então, é um homem que estará, não digo ao nosso lado, mas ao lado do Brasil, nas questões que afetam a procuradoria-geral da República", declarou Bolsonaro sobre a escolha.

O nome de Augusto Aras era forte desde o início das conversas sobre a troca de comando da PGR. Aras está a mais de 32 anos no Ministério Público Federal e é professor de direito eleitoral e de direito privado na Universidade de Brasília.

O então subprocurador foi uma escolha pessoal do presidente, que, desde o começou, avisou que não cederia a pressões para escolha do novo procurador-geral da República. O perfil liberal na economia foi um ponto forte para a escolha de Augusto Aras. Além disso, ele conta com a simpatia de senadores, por quem será sabatinado antes de assumir o cargo. 

Aras não estava na lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República - e seguir a relação de nomes era uma tradição de 16 anos. 

Em resposta, a Associação declarou considerar a indicação de Augusto Aras para o cargo de PGR "o maior retrocesso democrático e institucional do Ministério Público em 20 anos" ao não respeitar a lista tríplice, e ressalta que o indicado não foi submetido a debates públicos e não apresentou propostas à sociedade.

O procurador-geral da República é quem comanda, por exemplo, as investigações da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Nesta quarta-feira (04), o grupo de trabalho da operação, em Brasília, pediu desligamento coletivo dos trabalhos.

Em um comunicado enviado aos colegas, os seis procuradores alegaram "incompatibilidade" de entendimento com uma manifestação de Raquel Dodge enviada ao Supremo na última terça-feira (03). 

Fontes afirmam que Dodge mandou arquivar preliminarmente trechos da delação de Léo Pinheiro, da Construtora OAS, que citam o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e José Ticiano Dias Toffoli, irmão do presidente do STF. 

Em nota, Raquel Dodge afirmou que, em todos os seus atos, "age invariavelmente com base em evidências, observa o sigilo e dá rigoroso cumprimento à Constituição e à Lei".

 

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