Greve Geral paralisa diversas cidades do país
As principais capitais e cidades do Brasil amanheceram sem ou com transporte público parcial, bancos não funcionam durante todo o dia e há manifestações em diversas regiões
Organizada pela CUT e demais centrais sindicais, a Greve Geral convocada durante as manifestações do dia 15 e 30 de maio, ganhou o apoio de outras categorias e gera caos em todo o país, nesta sexta-feira.
A greve é contra a proposta de reforma da Previdência do atual presidente, Jair Bolsonaro, cortes na educação e por mais empregos.
Bancários aprovaram em assembleias, a participação na greve e não vão abrir em diversas cidades do Brasil. São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Bahia, Belo Horizonte e outras cidades e capitais também não vão contar com o serviço bancário no dia 14 de junho.
Além dos bancários, trabalhadores da educação pública de 26 Estados e Distrito Federal não vão para as escolas e pretendem participar de atividades, como aulas públicas e atos políticos, durante o dia. Alunos terão reposição da aula perdida. Algumas escolas particulares aderiram a paralisação, universidades e escolas católicas não vão abrir, como orientou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que anunciou ser contrária a reforma da Previdência.
Uma parcela dos Metalúrgicos, petroleiros, eletricitários, trabalhadores químicos, e trabalhadores ligados aos setores de energia, gás e elétrico também anunciaram paralisação durante todo o dia.
Transporte
Metroviários da cidade de São Paulo aderiram a greve a partir da meia-noite e começaram a liberar as linhas de forma parcial durante a manhã, apenas a linha amarela e lilás funcionam normalmente. Motoristas e cobradores do transporte coletivo realizaram assembleias às 5h da manhã e deixaram as garagens apenas às 6h prejudicando trabalhadores que usam o transporte público na cidade. A CPTM está funcionando de forma regular e decidiu não aderir ao Dia Nacional das Paralisações.
Saúde
Apenas os serviços de urgência e emergência em hospitais e pronto atendimento vão funcionar. Unidades básicas de saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA) devem permanecer fechadas nesta sexta-feira.
Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) diz que “a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, da reforma da Previdência, tem por objetivo acabar com a aposentadoria, aumentando a idade para homens e mulheres, além de diminuir e congelar o valor dos benefícios”.
Além das paralisações, haverá atos políticos em 170 cidades, segundo informações divulgadas pela CUT. Em São Paulo, a Avenida Paulista deve ser palco de protestos a partir das 16h. No Rio de Janeiro está marcado para acontecer a partir das 15h uma caminhada da Candelária até a Central do Brasil.