Prédios que desabaram no Rio foram construídos por milicianos

Na região há muitas ofertas tentadoras que escondem o risco de obras que nunca foram regularizadas

Imóveis novos e com preço baixo. Mas, além das fachadas, há verdadeiras armadilhas que levaram os sonhos de quem já tinha pouco. O SBT Brasil apurou que os dois prédios que desabaram nesta sexta-feira (12), na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foram construídos e vendidos por milicianos.

A prefeitura interditou os edifícios em novembro do ano passado, mas, no mês seguinte, a demolição foi suspensa por uma liminar judicial.

O prefeito Marcelo Crivella esteve no local do desabamento nesta amanhã, afirmou que as construções eram irregulares e que o episódio desta sexta-feira deixou uma lição: "Essas edificações estão num loteamento irregular. A prefeitura já havia notificado, comunicou ao Ministério Público, tentou interditar, lançou diversas multas e infrações, mas infelizmente as obras continuaram. Nós pedimos a todos agora que orem por nós. Aqui, turmas enormes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, da Prefeitura. Estamos todos na luta para resgatar pessoas dos escombros. E fica uma lição: quando a prefeitura notificar, der os autos de interdição, multar e avisar, não continuem as obras porque tem risco de vida"

O Léo Santanna acompanhou os desdobramentos do caso e mostra tudo em uma reportagem especial:

Subiu para cinco o número de mortos após o desabamento de dois prêdios na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O Corpo de Bombeiros trabalha no local em busca de mais vítimas. Desaparecidos estão sendo procurados sob os escombros.