Marcola e mais 21 integrantes do PCC são transferidos para prisões federais
Criminosos foram levados de uma penitenciária no interior de São Paulo para prisões de segurança máxima em três estados.
Marcola e mais 21 integrantes do PCC são transferidos para prisões federais
SBT News
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Membros do Primeiro Comando da Capital, o PCC, foram transferidos nesta quarta-feira (13) da Penitenciária de Presidente Venceslau, em São Paulo, para presídios federais de segurança máxima em outros três estados: Brasília, Mossoró (Rio Grande do Norte) e Porto Velho (Rondônia).
A remoção dos criminosos, que era planejada há cinquenta e um dias, ocorreu em cumprimento à decisão da Justiça do Estado de São Paulo, após pedido do Ministério Público.
Segundo as autoridades, o isolamento das lideranças do PCC é uma estratégia necessária para o enfrentamento e o desmantelamento da organização criminosa.
Ao total foram transferidos vinte e dois acusados de integrar a cúpula do Primeiro Comando da Capital, incluindo Marcos Herbas Camacho, o Marcola, apontado como chefe da facção.
A Operação
Para realizar a operação, o Governo do Estado de São Paulo e o Governo Federal organizaram-se de forma integrada.
Devido à alta periculosidade, em São Paulo, o transporte dos presos foi feito sob forte escolta de policiais militares da Rota e do Choque.
Em seguida, os custodiados foram levados para Brasília em duas aeronaves da Força Aérea Brasileira.
O restante do percurso até as Penitenciárias Federais foi escoltado pelos agentes do Departamento Penitenciário Federal, o Depen, e a Polícias Militar de São Paulo.
Em nota, o Governo de São Paulo declarou que a transferência dos criminosos resultou de uma operação integrada entre ações de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a atuação da Polícia Militar, a Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, a Força Aérea Brasileira (FAB), o Exército Brasileiro, o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal.
O Chefe da Facção
Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, apontado como principal líder do Primeiro Comando da Capital, foi condenado a 330 anos, seis meses e vinte e quatro dias de prisão e, até o momento, não cumpriu nem 10% de sua pena, que perdurará até 2318.
Marcola foi conduzido para o Presídio Federal de Porto Velho, capital de Rondônia, em Regime Disciplinar Diferenciado (RPD), também chamado de 'isolamento'. Contudo, o preso não deverá permanecer mais do que seis meses no local. Segundo autoridades, a ideia é que o detento passe ainda por outros presídios federais, evitando, assim, possíveis tentativas de fuga.
De acordo com um decreto assinado por Jair Bolsonaro, publicado no Diário Oficial, ainda nesta quarta-feira (13), as penitenciárias federais nas cidades de Porto Velho e Mossoró receberão maior apoio em seu esquema de segurança, com a presença do Exército pelos próximos 12dias.
