Zelensky viaja a Washington em meio a impasse do Senado sobre ajuda à Ucrânia
Presença de líder ucraniano na Casa Branca atende convite do presidente Joe Biden
Camila Stucaluc
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convidou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, para uma reunião na Casa Branca na 3ª feira (12.dez). A intenção do encontro, segundo o democrata, é sublinhar o compromisso de Washington com o povo ucraniano, que vem presenciando, nas últimas semanas, um aumento da ofensiva russa.
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O convite acontece em meio à pressão de Biden aos parlamentares para aprovar um pacote monetário de US$ 106 bilhões, que, entre os destinos, engloba a Ucrânia. A proposta foi rejeitada pelos senadores na última semana. Eles alegaram se basear na carta emitida pela Casa Branca, que dizia que o país estava "quase sem dinheiro" para fornecer mais auxílio à Ucrânia.
Isso porque o Congresso norte-americano já destinou US$ 111 bilhões para ajudar Kiev, incluindo US$ 67 bilhões em financiamento de aquisições militares, US$ 27 bilhões para assistência econômica e civil e US$ 10 bilhões para ajuda humanitária. Todo o montante, no entanto, se esgotou em meados de novembro, exceto cerca de 3% do financiamento militar.
A possível pausa na ajuda à Ucrânia preocupa Zelensky, sobretudo agora, no início do inverno. Isso porque os envios são essenciais para as tropas combaterem as forças russas, que procuram obter vantagens no período frio com ataques em usinas de energia elétrica. Apenas nesta manhã (11.dez), as defesas interceptaram oito mísseis balísticos em Kiev.
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"O mundo inteiro está assistindo. O que farão os Estados Unidos? Pense, se não apoiarmos a Ucrânia, o que o resto do mundo fará? O que vai acontecer em termos do G7 ou dos nossos aliados da Otan? [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Se nos afastarmos agora, isso apenas encorajará outros possíveis agressores. Então estou convocando o Congresso para fazer algo e fazer a coisa certa pela Ucrânia", defendeu Biden.