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Governo

Lula critica Maduro e diz não ter reconhecido eleições na Venezuela: “Deixa a desejar”

Presidente voltou a cobrar atas do país e a defender caminhos para nova consulta à população ou governo de coalizão

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou ter apoiado eleições na Venezuela | Reprodução/YouTube Lula
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teceu críticas ao comportamento do venezuelano Nicolás Maduro e disse não ter reconhecido o resultado eleitoral na Venezuela. A posição veio em entrevista à rádio Difusora Goiânia, nesta sexta-feira (6).

+"Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo", diz Lula sobre acusações contra Silvio Almeida

“Eu acho que o comportamento do Maduro é um comportamento que deixa a desejar. Eu acho que aqui no Brasil a gente aprendeu a fazer democracia, sabe, com muito sofrimento”, afirmou ao ser questionado se a situação do país vizinho é uma ditadura. “E você veja que quando um cara é extremista ele não aceita”, emendou.

Em meio às críticas, Lula voltou a afirmar que existem dois caminhos para a situação venezuelana: a realização de novas eleições ou um acordo de coalizão para uma gestão que reúna os dois nomes da disputa.

“Ali só tinha uma solução: ou fazer uma nova eleição ou fazer uma coalizão para que pudesse conviver democraticamente”, disse.

Lula destacou não ter reconhecido o resultado eleitoral na Venezuela - assim como não ter reconhecido que a oposição ganhou. E ponderou que, apesar da posição, é contra sanções ao país.

“Estamos em uma posição, Brasil e Colômbia, a gente não aceitou o resultado das eleições, mas não vou romper relações e também não concordo com a punição unilateral, o bloqueio. Porque o bloqueio não prejudica o Maduro, o bloqueio prejudica o povo e eu acho que o povo não deve ser vítima disso”.

Caso envolvendo Silvio Almeida

Na entrevista, Lula também comentou sobre acusações de assédio sexual contra ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e indicou que titular da pasta não deve continuar na Esplanada dos Ministérios.

+ Caso Silvio Almeida: governo Lula avalia demissão de ministro dos Direitos Humanos; veja análise

"O que posso antecipar: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo", disse o petista, em entrevista à rádio Difusora Goiânia. "Acho que não é possível a continuidade no governo", reforçou.

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