Dino diz que apreensão de armas afeta as duas maiores facções do Brasil
Operação Dakovo foi deflagrada em conjunto com o governo do Paraguai visando o combate ao tráfico internacional de armas

Raphael Felice
O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, comentou sobre os resultados da Operação Dakovo, deflagrada em parceria com o governo do Paraguai, nesta 3ª feira (5.dez). Segundo ele, as diligências afetam diretamente as duas maiores facções criminosas do Brasil.
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"Essa ação com o Paraguai fará com que as duas maiores facções brasileiras, que eram as destinatárias principais desses armamentos ilegais, tenham o fechamento dessa via logística para realização das suas operações", disse o ministro, que não citou o nome das organizações criminosas.
Ao todo foram cumpridos 19 mandados de prisão (cinco no Brasil e 14 no Paraguai) e outros 38 mandados de busca e apreensão no Brasil, Paraguai e Estados Unidos. A operação também bloqueou R$ 66 milhões em bens e valores no Brasil, para identificar eventual lavagem de dinheiro.
Dino ainda ressaltou que a operação desvendou o tráfico de armas com origem na Europa "não deu um tiro". Os equipamentos bélicos eram comprados por empresas paraguaias e vendidos para as facções no Brasil.
"Quero destacar a importância disso no combate ao crime organizado no Brasil. O presidente Lula definiu como prioridade para o MJSP ações de descapitalização das organizações criminosas e ações contra a logística, daí o foco em portos, aeroportos e fronteiras. Só é possível superar o crime organizado de verdade substituindo um modelo ineficiente, de tiros a esmo, que são puramente demagógicos, e indo à raiz, que é retirar o fluxo de armas, drogas e lavagem de dinheiro. Esta é a mudança paradigmática. É o centro de uma estratégia consciente e eficiente", destacou o ministro Flávio Dino.
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