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Vacina contra a covid-19 se mostrou "eficaz e efetiva", reforça Nísia Trindade

Ministra falou a deputados sobre a inclusão do imunizante no Calendário Nacional de Vacinação

Vacina contra a covid-19 se mostrou "eficaz e efetiva", reforça Nísia Trindade
Nísia Trindade fala ao microfone (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta 3ª feira (28.nov) que a inclusão da vacina contra a covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação será feita porque o imunizante se mostrou "eficaz e efetivo". Ainda de acordo com ela, a decisão leva em consideração os dados epidemiológicos existentes no país em relação à doença e direito previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

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As declarações foram dadas durante participação em reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados. A ministra compareceu porque o colegiado aprovou requerimentos de convite, com o objetivo de ouvi-la sobre diferentes temas. Um dos requerimentos, de autoria da presidente da comissão, deputada Bia Kicis (PL-DF) era justamente para que Nísia prestasse esclarecimentos sobre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e as políticas de saúde pública, "obrigando crianças de 6 meses a 5 anos a tomar vacinas contra a covid".

"Vamos agora ao questionamento que, pela exposição da deputada Bia Kicis, indica ser o principal nesse debate: a inclusão da vacina contra covid-19. Em primeiro lugar, trata-se de dar à vacina contra covid-19 o mesmo status das demais vacinas que compõem o Programa Nacional de Imunizações. É disso que se trata", falou Nísia na reunião.

"Por quê? Porque essa vacia se mostrou eficaz e efetiva. E ainda mais: porque isso considera os dados epidemiológicos existentes no país em relação à covid-19. Até a semana epidemiológica 46 de 223, foram identificados 3.379 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por covid-19 em menores de 1 ano, e 1.707 casos na faixa etária de 1 a 4 anos. Destes, 99 casos em menores 1 ano e 31 casos na faixa etária de 1 a 4 anos infelizmente evoluíram a óbito".

Posteriormente, ela ressaltou que o Estatuto da Criança e do Adolescente "prevê a vacinação, o cuidado com a população infantil, como uma obrigação do Estado e da sociedade através das suas famílias".

"Então, trata-se de um direito das nossas crianças, que eu quero aqui reiterar. A vacina covid-19 foi incluída a partir dessas premissas no PNI".

O imunizante contra a covid será incluído no Calendário Nacional de Vacinação a partir de 2024. Quando fez o anúncio, no final de outubro, o Ministério da Saúde explicou que a recomendação vai priorizar crianças de 6 meses a menores de 5 anos e os grupos com maior risco de desenvolver as formas graves da doença.

Ciência

Ainda durante sua participação na reunião da comissão hoje, Nísia afirmou que um dos principais desafios enfrentados pelo Ministério da Saúde é a recuperação das coberturas vacinais no país. 

"E aí devo dizer com toda a clareza: o que foi feito no governo anterior teve efeito não apenas para a covid-19, mas para todas as vacinas".

Na sequência, ela citou o resultado de uma pesquisa publicada em outubro: diante da questão se era verdadeiro ou falso que vacinas fazem mais mal ou bem para crianças, 20% dos respondentes disseram ser verdadeiro. "Então, não dá para separar as questões. O que se diz sobre uma vacina tem implicações na credibilidade do PNI".

Pouco depois, Nísia afirmou não ser verdadeiro "que existem vários lados da ciência". "A ciência admite controvérsias, a ciência não é uma verdade absoluta sem mudanças, mas a ciência prima por evidências científicas, por discussão entre pares e assim são estabelecidos consensos. Daí ser mais importante que afirmações individuais de cientistas, a afirmação unívoca das sociedades científicas principais no Brasil".

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