José Múcio reúne comando militar e Randolfe para falar sobre ida de militares à CPMI
Ministro da Defesa reuniu o alto comando das Forças Armadas e o líder do governo no Congresso
SBT News
O ministro da Defesa, José Múcio, reuniu os comandantes das Forças Armadas e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, nesta 2ª feira (25.set), para falar sobre a ida de militares à CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. O encontro foi realizado no prédio do Ministério da Defesa.
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Os comandantes do Exército, general Tomás Paiva, e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, falaram sobre o clima nas forças armadas após a confirmação do acordo de colaboração do tenente-coronel Mauro Cid com a Polícia Federal.
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro acusou o ex-comandante da Marinha, Almirante Garnier Santos, de demonstrar disposição para apoiar Bolsonaro na tentativa de uma ruptura institucional.
"Vim perguntar ao ministro, na condição de líder do governo, e vim perguntar aos comandantes militares se existe algum tipo de constrangimento. Recebi e digo isso assim, em alto e bom som, recebi como resposta tanto do ministro Múcio, como de todos os comandantes militares que não há constrangimento nenhum (na convocação de militares na CPMI dos Atos de 8/1)", afirmou Randolfe Rodrigues, o líder do governo no Congresso.
O ministro José Múcio defendeu um desfecho rápido sobre a responsabilização de militares que tenham se envolvido com ações golpistas.
"O nosso espírito é de colaboração. Essa foi uma reunião que para nós é terminativa, porque estão encaminhando já para o final da pauta. Mas se não for, nosso trabalho mesmo é de absoluta colaboração, porque as Forças Armadas necessitam que absolutamente tudo seja esclarecido", declarou o ministro da defesa José Múcio.
Nesta 3ª feira (26.set), é esperado o depoimento do General Heleno à CPMI dos Atos de 8/1. Durante esta 2ª feira, a defesa de Heleno, convocado como testemunha, tentou um Habeas Corpus, mas o ministro do STF, Cristiano Zanin, entendeu que o comparecimento do general é obrigatório, ainda que com o direito da ficar em silêncio para não se autoincriminar.