Apagão começou em subsidiária da Eletrobras no Ceará, diz ministro
Alexandre Silveira defendeu investigação da Polícia Federal para apurar se houve sabotagem
Emanuelle Menezes
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta 4ª feira (16.ago) que a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), uma subsidiária da Eletrobras no Ceará, é a empresa responsável pela linha de transmissão que apresentou falhas na 3ª feira (15.ago), gerando um apagão nacional.
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Considerado, a princípio, de pequena magnitude, o desligamento da linha de transmissão Quixadá-Fortaleza aconteceu milissegundos antes do apagão que atingiu o Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo Silveira, essa falha, sozinha, não seria capaz de causar um colapso no fornecimento de energia brasileiro.
"Ele, isoladamente, não era suficiente para causar o colapso do sistema como um todo. Mas, por um erro de programação, a linha abriu e levou a uma série de falhas", disse o ministro.
Na entrevista coletiva, Silveira também defendeu uma investigação da Polícia Federal sobre o caso, para apurar se houve ou não sabotagem. Também na 4ª, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, encaminhou um documento à PF solicitando que sejam investigados os motivos que ocasionaram o apagão.
Para Alexandre Silveira, a ação é necessária, já que o Operador Nacional do Sistema (ONS) não conseguiu apontar uma falha técnica capaz de gerar um colapso tão grande no sistema de energia do país.
"Mais do que nunca, eu acho que é necessária a participação extremamente ativa da Polícia Federal nesse caso, já que o ONS não teve como apontar uma falha técnica que pudesse provocar um evento com a dimensão que teve, com a paralisação da energia no país", disse ele.
Em nota, a Eletrobras informou que a manutenção da linha de transmissão 500kV Quixadá II/Fortaleza II "está em conformidade com as normas técnicas associadas".
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