Lula evita comentar rebelião de mercenários na Rússia
Presidente participou de uma coletiva de imprensa na França, antes de decolar para o Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou comentar a rebelião do Grupo Wagner, uma organização paramilitar de mercenários russos, realizada contra o exército de Vladimir Putin. Durante uma coletiva de imprensa na França, horas antes de embarcar de volta para o Brasil, neste sábado (24.jun), Lula disse que seria precipitado falar sem ter mais informações sobre o ocorrido.
"Eu vou conversar com muita gente a respeito dessa chamada rebelião. Eu não posso comentar uma coisa que eu não li, que eu não conheço. Seria precipitado da minha parte fazer juízo de valores", afirmou o presidente.
Questionado por jornalistas de diversos países sobre o assunto, ele insistiu que não poderia falar sobre o caso. Para ele, "seria chutar de forma precipitada".
"Lamentavelmente não posso falar, porque eu não tenho as informações necessárias para te falar. Quando eu chegar ao Brasil e me informar de tudo o que aconteceu ontem, que tiver várias informações, aí eu posso falar. Mas agora, seria chutar de forma precipitada uma informação que eu não tenho. Eu ouvi dizer, mas não tenho informação. Pretendo não falar de uma coisa tão sensível sem ter as informações necessárias", disse Lula.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, anunciou, na 6ª feira (23.jun), que os mercenários tomaram o controle das instalações militares de Rostov, no sul da Rússia.
Segundo o comandante, a ação foi em resposta ao ataque de forças russas contra um dos acampamentos do grupo, que resultou na morte de vários integrantes. O objetivo da rebelião dos paramilitares seria derrubar o Ministério da Defesa russo.
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