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Lula descarta acordo com UE se condições do Brasil não forem aceitas

Petista afirmou que não aceita proposta do bloco europeu para que o país abra o setor de compras governamentais a estrangeiros

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Lula durante evento da Eletra-Tecnologia
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a reindustrialização do país nesta 6ª feira (2.jun) e afirmou que não irá assinar o acordo de livre comércio com a União Europeia (UE), caso não haja reajuste em um dos termos que visa garantir que o Brasil abra a possibilidade de participação externa no setor de compras governamentais. 

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O petista disse também que cabe ao Estado garantir a sobrevivência da indústria brasileira e assim promover competitividade no setor. 

"Cabe ao Estado brasileiro, garantir a sobrevivência da indústria brasileira para que a gente possa um dia ser competitivo com o mundo exterior. Nós estamos para fazer um acordo com a União Europeia, e o Brasil não quer assinar o acordo sem que haja um ajuste. O que os europeus querem no acordo? Que o Brasil abra as portas para compras governamentais. Ou seja, eles querem que o governo brasileiro compre as coisas estrangeiras ao invés das coisas brasileiras, e se eles não aceitarem a posição do Brasil, não tem acordo", afirmou Lula. 

"Nós não podemos abdicar das compras governamentais, que são a oportunidade das pequenas e médias empresas sobreviverem nesse país. Então, como a gente vai falar de reindustrialização do país, se a gente não tem uma política concreta de garantir a média e microempresa e o microempreendedor brasileiro?", questionou o presidente e continuou: "Eu adoro que o Brasil participe do comércio mundial, eu adoro que o Brasil mantenha uma relação com todos os países do mundo -- os chineses são nosso maior parceiro comercial e eu agradeço sempre -- mas se tratando de negócio, eu prefiro fazer negócio com os brasileiros, para fortalecer a indústria nacional". 

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Segundo Lula, a indústria brasileira, que já chegou a representar 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, hoje não representa mais de 10% ou 11% do PIB nacional. 

"A indústria brasileira já representou 30% do PIB brasileiro, tinha muito incidência no resultado de tudo que acontecia nesse país. Eu lembro que só a indústria automobilística representava 23% do PIB industrial quando eu era presidente do sindicato dos metalúrgicos. E hoje o que a gente vê é que a indústria brasileira está sumindo do cenário do nosso país. Hoje, a indústria brasileira representa só 10% ou 11% do PIB nacional", disse. 

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