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Nomeação de Ricardo Cappelli já foi publicada no Diário Oficial

Após saída de general, Lula quer limpa de bolsonaristas que seguem no GSI

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Ricardo Cappelli já é ministro interino do GSI, diz publicação do DOU
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A exoneração do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), general Gonçalves Dias, e a nomeação do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, como ministro interino do Gabinete foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na 4ª feira (19.abr).

Ricardo Cappelli é o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Ele também foi o interventor federal na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal após afastamento do então titular, Anderson Torres, por causa dos atos golpistas que marcaram o dia 8 de janeiro. Com a nomeação, Capelli tem a missão de comandar a segurança institucional da Presidência da República.

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O general Gonçalves Dias pediu exoneração do cargo após divulgação pela CNN Brasil de imagens das câmeras de segurança que mostram o general dentro do Palácio Planalto quando ocorria a invasão do local no dia 8 de janeiro. As imagens sugerem que Gonçalves Dias estaria, supostamente, sendo conivente com os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, indicando, inclusive, a saída de emergência.

Exoneração

Na manhã da quarta-feira (19.abr) a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), da Câmara dos Deputados, havia aprovado a convocação de Gonçalves Dias, para que ele prestasse esclarecimentos sobre os ataques ocorridos, em 8 de janeiro, nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. Ele havia sido convidado pela CSPCCO para, em audiência pública, prestar esclarecimentos sobre os ataques. Entretanto, faltou à audiência, alegando motivo de saúde.

Diante da repercussão do caso, o GSI, em nota, ressaltou que as imagens divulgadas "mostram a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de retorar os invasores do quarto e do terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos".

Mais tarde, sem conseguir se sustentar no cargo, o general Gonçalves Dias pediu demissão. O presidente Lula, então, decidiu nomear Ricardo Cappeli para assumir a função interinamente. E recebeu uma missão de Lula.

Limpa no GSI

Cappelli assume o cargo com a missão, a pedido de Lula, de fazer uma varredura em todos os militares que ainda estão vinculados ao órgão e que tenha trabalhado no Palácio do Planalto no governo de Bolsonaro.

Lula deve conversar com mais calma com Cappelli na volta da viagem que ele fará a partir desta 5ª feira (20.abr) pela Europa. Além do pedido para que todos aqueles que tiveram algum vínculo com Bolsonaro sejam substituídos, o presidente quer desmilitarizar o Gabinete de Segurança Institucional e trazer mais agentes da Polícia Federal (PF) e também servidores da Agência Brasileira de Inteligência, a ABIN.

Auxiliares do presidente seguem preocupados com o que eles chamam de "bolsonaristas infiltrados" e que seguem no Planalto abastecendo aliados de Bolsonaro com informações consideradas estratégicas do governo Lula 3.

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