Em reunião, Lula pede 1 minuto de silêncio por vítimas em creche de SC
Segundo o presidente, criminoso "não tem nada de humano" e deve ter vindo de "um planeta do ódio"
Na cerimônia de assinatura dos decretos que atualizam a regulamentação das leis de saneamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu um minuto de silêncio, aos presentes, em homenagem aos familiares das crianças vítimas do ataque à creche de Blumenau (SC).
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A homenagem foi realizada. "Hoje é um dia que deixa todos nós seres humanos enojados com o que uma figura que parece ser humana, porque tem cabeça, tem braço, tem perna, tem olhos, mas que comete uma monstruosidade, que penso que todos nós que somos pais, avós, mães, tios, jamais imaginávamos que puddesse acontecer", pontuou Lula no evento desta 4ª feira (5.abr) também.
"Essa figura humana, que não tem nada de humano, que deve ter vindo de outro planeta, um planeta do ódio, esse cidadão teve a pachorra de matar quatro crianças com machadada numa creche e ferir três. Não tem palavra para consolar a família. Quem já perdeu parente sabe que não existe palavra".
Saneamento básico
Em discurso, na cerimônia, Lula ressaltou sempre ter dito que "muitas vezes os governantes não gostam de fazer obra de saneamento básico, porque antigamente a gente dizia que era enterrar manilha. E enterrar manilha não dá voto, as pessoas não veem".
Entretanto, ressaltou o petista, "um esgoto é uma coisa muito complicada. Gasta-se muito dinheiro, atende-se de forma extraordinária a qualidade de vida das pessoas. Porque aplicar dinheiro em sanemanento básico é aplicar na saúde, é cuidar da saúde do povo de cada cidade, mas muitas vezes a população não vê e ainda xinga os prefeitos quando está acontencendo um buraco na avenida principal".
"O que nós estamos fazendo é tentando chamar o Brasil à responsabilidade para que até 2033 a gente resolva um problema que é crônico no país: nós não temos o hábito de cuidar do saneamento básico".
Governadores e ministros do Governo Federal também estavam presentes na cerimônia. "Eu sempre disse que não era possível alguém governar o Brasil se não levasse em conta a existência dos municípios e dos estados. Foi assim quando nós, em fevereiro de 2007, instituímos o PAC, com a participação dos 27 governadores e de uma grande maioria de prefeitos que ajudaram a gente a constuir os projetos que eram prioritários para cada estado e cidade", afirmou Lula.
"Essa é a segunda reunião que nós fazemos com governadores, e vai haver muito mais, porque eu não acredito que a gente possa governar sem a gente conversar com os nossos entes federados", complementou.