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Lula fica no Brasil e, mesmo em tratamento médico, tenta distensionar Congresso

Repouso do presidente terá olhar atento aos movimentos de Arthur Lira em semana tensa no Congresso

Lula fica no Brasil e, mesmo em tratamento médico, tenta distensionar Congresso
Lula Pacheco e Arthur Lira
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A recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá um ingrediente a mais, além do receituário recomendado pelos médicos, o petista administra as horas de repouso com a disputa entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lira está chantageando o Planalto a apoiá-lo na disputa com Pacheco. O ministro Alexandre Padilha esteve com Lula na noite deste sábado. Na conversa que teve com o presidente na última 6ª, o titular das Relações Institucionais negou que Lira tenha feito ameaças ao Planalto.

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Padilha disse que a conversa foi amistosa e que a semana será de esforço concentrado para que sejam votadas 13 medidas provisórias que estão no legislativo desde o governo passado e que precisam ser analisadas para que as propostas do atual governo possam ser pautadas.

"Teremos também um esforço para votar medidas provisórias que já são do governo Lula. Ali, tem MPs importantes, como o Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida ", ressaltou o ministro responsável pela articulação política.

O deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS) reconhece que a semana será importante para o governo. Ele descarta que isso tenha pesado na decisão de Lula em adiar a viagem para a China para o mês de abril, mas diz que será um momento decisivo para o Planalto e para o andamento dos projetos que o governo considera essenciais.

"Lula cuida da sua saúde e da saúde do país", destacou o parlamentar sobre as agendas que o presidente deve ter mesmo em meio ao tratamento para curar a influenza e a pneumonia.

O Planalto enfrenta resistências na Câmara dos Deputados. A maior reclamação é a demora para as nomeações de indicados por partidos que se dizem da base, mas que reclamam da falta de espaço na Esplanada dos Ministérios.

No União Brasil, que tem 59 deputados, 9 senadores e ministros na Esplanada, a queixa é de que tudo está "em compasso de espera", conforme afirmou ao SBT News um integrante da sigla. Além dos problemas com os partidos da base, parlamentares do PP que sinalizaram que poderiam votar com o governo reclamam que o Planalto não tentou fidelizar esse apoio. O partido tem 49 deputados. Um deles, na condição de anonimato, afirmou que em fevereiro o Planalto podia contar com até 35 votos da sigla, no entanto, a inércia fez com que hoje menos de 30 indique apoio às propostas de interesse do Executivo. 

O ministro Alexandre Padilha disse que, dificilmente, Lula irá abrir mão das agendas e que irá tentar conciliar encontros virtuais com compromissos presenciais no Palácio da Alvorada. "Eu sou ministro e sou médico e vou reforçar que ele fique o maior tempo de repouso e faça reuniões aqui mesmo", defendeu Padilha.

Em entrevista na noite de sábado, o ministro afirmou que essas demandas irão surgir durante os 4 anos de governo

"Eu já fui ministro da coordenação política em um outro governo do presidente Lula. Nós sabemos que esse é um diálogo permanente do presidente. Até esse momento, o governo votou e aprovou tudo o que tinha pra aprovar e eu acho que esse ambiente vai continuar", reforçou.

A expectativa de integrantes dos partidos da base é que Lula, mesmo em tratamento, autorize a nomeação de indicados pelas siglas. Entre os emedebistas, a reclamação é a de que bolsonaristas declarados seguem com cargos no Executivo enquanto que os aliados de Lula estão com "pires na mão", praticamente, implorando para que as nomeações saiam no Diário Oficial da União.

A insatisfação dos deputados dos partidos da base está sendo usada como trunfo por Arthur Lira para ter apoio de Lula na disputa com Pacheco, que na última semana determinou a volta das comissões mistas, ou seja, a tramitação de MPS começaria por elas e não mais na Câmara, como foi feito durante a pandemia.

O método defendido pelo presidente do Senado é o que está previsto na Constituição Federal. O presidente da Câmara quer apoio de Lula para fazer com que Rodrigo Pacheco convoque sessão do Congresso na próxima semana e que deputados e senadores votem sobre qual rito será usado daqui para frente para a tramitação das propostas.

Outro assunto que será pauta das reuniões do presidente Lula, é o projeto com as novas regras para conter as despesas da União. A equipe de Fernando Haddad está com a proposta pronta, no entanto, Lula quis adiar o anúncio para depois da viagem para a China com o cancelamento da missão internacional.

Alexandre Padilha indicou que poderá haver avanço. Com todas essas questões resolvidas, aliados de Lula afirmam que a viagem para a Ásia poderá acontecer até a metade de abril depois que a saúde do presidente estiver 100% e a relação com o Congresso sem tantas tensões.

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