Sonia Guajajara cria gabinete de crise para acompanhar conflitos por terras
Grupo será integrado pela própria ministra e representantes da Funai, DPU e outros
Guilherme Resck
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, determinou a criação de um gabinete de crise para acompanhar a situação de conflitos por terras no extremo sul da Bahia. A portaria foi motivada pelas mortes dos líderes indígenas Pataxó Nawir Brito de Jesus, de 16 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25.
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Ambos viviam em uma área reivindicada pelo povo Pataxó por pertencer à Terra Indígena Barra Velha e integravam um grupo que lutava pela recuperação de terras ocupadas por fazendeiros. Eles foram mortos por disparos de armas de fogo, na noite de 3ª feira (17.jan), quando estavam em uma motocicleta, na BR 101, na altura de Itabela (BA).
"É inadmissível que os povos indígenas continuem sendo perseguidos e ameaçados dentro de seus próprios territórios. Este crime não pode ficar impune e por isso, trabalharemos junto ao Ministério da Justiça e aos demais órgãos e entidades para garantir a rigorosa investigação e punição dos criminosos, além é claro, da proteção do povo Pataxó", pontuou Sonia Guajajara.
O gabinete de crise será integrado pela própria ministra, que o coordenará; e representeantes da pasta, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Ministério da Justiça e Segurança Pública, governo da Bahia, Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
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