Ministério dos Transportes buscará aumentar malha ferroviária, diz Renan Filho
Segundo ministro, assume a pasta "com um significativo déficit de infraestrutura de transportes"
Guilherme Resck
Na cerimônia de transmissão do cargo, nesta 3ª feira (3.jan), em Brasília, o novo ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), afirmou que, em duas semanas, pretende apresentar um plano de ação para os próximos 100 dias da sua gestão na pasta. Entre ações que incluirá, antecipou, estará o solucionamento de dificuldades orçamentárias de forma sustentável.
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Ele prometeu ainda que a pasta buscará aumentar a participação das ferrovias na matriz de transportes brasileira, trabalhando em conjunto com o setor privado para concretizar as autorizações, concluirá no atual governo as obras públicas que escoarão a safra do país, cada vez mais tirará a carga pesada das rodovias e vai passá-la para as ferrovias, visando a trazer mais segurança aos motoristas e às famílias destes, e investirá com critério onde é necessário ser investido, além de modernizar a logística nacional, "reduzindo custos e contribuindo para o setor produtivo". "E vale ressaltar, daremos atenção necessária àqueles estados com a malha mais depreciada", complementou.
Segundo Renan Filho, assume a pasta "com um significativo déficit de infraestrutura de transportes". "Daqui para a frente, ao mesmo tempo em que construiremos, estaremos sempre consertando algo. A depreciação da infraestrutura rodoviária e ferroviária nestes quatro anos foi grande!", acrescentou. Em outro momento do discurso, o ministro afirmou que as estradas do país estão "sobrecarregadas e o investimento nelas é insuficiente".
No curto prazo, de acordo com ele, o ministério precisará "fazer um esforço tremendo de recuperação da malha rodoviária". "Precisará retomar as obras paradas por falta de recursos. Será necessário se debruçar sobre os contratos dos 15 mil km de rodovias concedidas e ampliar a participação do setor privado para agilizar essa tarefa".
Ainda segundo Renan, há no Brasil um dilema, que é "encontrar capacidade de investimento garantindo sustentabilidade fiscal", e o transporte contínuo e crescente em via rodoviária no país "é insustentável", por causa da produção "gigantesca na agricultura e na mineração". Para resolver este problema, ressaltou, é preciso ampliar a malha ferroviária. "Nós, temos uma topografia privilegiada. Temos a sorte que a natureza nos presenteou, e precisamos aproveitá-la. E, o primeiro passo já foi tomado: Criamos, por meio de Decreto Presidencial, uma Secretaria para tratar exclusivamente de ferrovias neste Ministério. Ela vai trabalhar para tornar possível esse projeto de futuro. Inovar será necessário, revisitar o Marco Regulatório também", disse.
Confira a íntegra do discurso: