Itamaraty determina retorno de embaixador brasileiro à Ucrânia
Decisão acontece em meio à concentração de batalhas apenas no leste e sul do país
Camila Stucaluc
O Ministério das Relações Exteriores determinou, na 3ª feira (26.jul), enviar o embaixador brasileiro da Ucrânia, Norton de Andrade Mello Rapesta, de volta ao país. O diplomata havia sido transferido para a Moldávia em março por questões de segurança, poucos dias após o início da invasão russa no território ucraniano.
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A decisão acontece em meio à concentração de batalhas no leste e sul do país, uma vez que a embaixada do Brasil fica localizada na capital, Kiev, no centro. Segundo o Itamaraty, o local permaneceu aberto desde o início dos combates, em 24 de fevereiro, atendendo cerca de 250 brasileiros que precisavam emitir documentos para travessia de fronteira.
"Concluída a evacuação de brasileiros que desejaram deixar a Ucrânia, foram encerrados os trabalhos dos postos de atendimento consular que haviam sido temporariamente instalados nas cidades de Chisinau (Moldávia), Kosice (Eslováquia), Lviv e Chernivtsi (Ucrânia)", informou a pasta, ressaltando que segue atenta à evolução do conflito.
Na última semana, o vice-presidente brasileiro, general Hamilton Mourão (Republicanos), afirmou que o governo não está neutro em relação à ofensiva russa na Ucrânia e que, na verdade, condena a ação militar. Ele classificou a relação diplomática do país, no entanto, como pragmática, uma vez que a gestão nacional possui interesses com ambas as nações.
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"O Brasil não concorda com o conflito, mas é uma questão que tem que ser resolvida pela via diplomática. E o Brasil está pronto para participar na vida diplomática para acabar com essa guerra", disse.