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Governo

"Boto a mão no fogo pelo Milton Ribeiro", afirma Bolsonaro

Ex-ministro da Educação havia sido preso por suspeita de crimes de tráfico de influência e corrupção

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Bolsonaro faz live, ao lado de intérprete de Libras e ministro do Turismo (Reprodução/YouTube)
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 5ª feira (23.jun), em sua live semanal, que exagerou ao falar em março que colocava a "cara no fogo" pelo ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, mas que coloca a "mão no fogo" por ele e por todos os seus ministros. Ainda de acordo com o chefe do Executivo federal, "não tinha materialidade nenhuma para a prisão" do ex-titular do MEC e continua acreditando nele.

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Milton Ribeiro foi preso na 4ª feira (22.jun) por suspeita de crimes de tráfico de influência e corrupção, na liberação -- intermediada por um "gabinete paralelo" -- de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Nesta 5ª, ele foi solto após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Segundo o desembargador Ney Bello, responsável pela decisão, "o próprio órgão acusador ofereceu parecer contrário às prisões, o que demonstra claramente a desnecessidade, pois quem poderá oferecer denúncia posterior ou requerer arquivamento acreditou serem desnecessárias e indevidas as detenções".

A prisão havia sido determinada pelo juiz federal Renato Borelli, da 15ª Vara de Justiça Federal em Brasília, no âmbito da Operação Acesso Pago, que investiga tráfico de influência de pastores no Ministério da Educação durante a gestão de Ribeiro. O inquérito cita os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

Na live desta 5ª, Bolsonaro disse que a investigação da Polícia Federal (PF) foi feita a partir de um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) elaborado após o próprio Ribeiro falar ao ministro da CGU, Wagner Rosário, no ano passado, para que ficasse de olho nos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, porque estavam com uma "atitude suspeita no ministério"; ambos foram presos na 4ª feira também.

Em áudio divulgado em março deste ano, Ribeiro dizia que uma de suas prioridades era atender municípios amigos do pastor Gilmar Santos, por causa de pedido especial feito a ele por Bolsonaro. Nesta 5ª feira, na transmissão ao vivo, o presidente afirmou que não há "nada demais" no fato de o ex-ministro ter falado que atendia preferencialmente cidades indicadas pelo pastor e que isso era "para dar uma moral" para Gilmar.

Ainda na live, Bolsonaro acusou o juiz Renato Borelli de ter proferido decisões contra o Governo Federal mesmo não podendo fazê-lo, e todas foram anuladas. "Aí você vai ver o processo, me passaram, eu não vi, que foi levantado o sigilo, o Ministério Público Federal lá em Brasília foi contra a prisão. Geralmente o juiz segue isso daí. Por que foi contra? Porque não tinha indício de prova. Tinha lá, talvez levantado pelo Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras], um depósito na conta não sei se da esposa ou da filha do Milton, de R$ 60 mil ou R$ 50 mil, que foi lá comprovado, segundo palavra do advogado, que foi para a compra de um carro. Ué, cada um pode ter R$ 50 mil na sua conta", completou.

Técnicos da CGU identificaram indícios de movimentações financeiras suspeitas nas contas de Ribeiro. Conforme Bolsonaro, entretanto, Borelli foi Maldoso ao decretar prisão preventiva e o fez para deixá-lo preso "até a campanha". "Quando acabasse a eleição, daí ia ser posto em liberdade. Essa seria a ideia, se nós não tivéssemos pessoas isentas, que eu entendo ser a maioria do Poder Judiciário. Mais um revés desse juiz em Brasília".

Turismo no Brasil

Outro assunto abordado por Bolsonaro na live foi o turismo no Brasil. Segundo o presidente, "a iniciativa privada está construindo no brasil 140 hotéis grandes". "É sinal de que o pessoal acredita no potencial do turismo no Brasil. E, com todo respeito à Europa ou até ali à América do Norte, o Brasil está muito mais atrativo para turismo do que a Europa, que vive uma crise com falta de energia, com conflito ali perto também. Então o Brasil torna-se realmente muito atrativo. Afinal de contas, quem for para a Amazônia um dia se apaixona. Então a gente convida a todos, eu sei que é difícil, custa caro ter uma viagem como essa aí, mas quem porventura está nos ouvindo fora do Brasil, tem seus amigos, um turismo na região amazônica é algo fantástico, acrescentou.

O ministro da área, Carlos Brito também participou. De acordo com este, "o mês de junho está realmente marcando a retomada dos eventos" no Brasil.

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