Publicidade
Governo

Bolsonaro se reúne com vice-presidente mundial do Telegram

Segundo presidente, houve "uma ótima conversa sobre a sagrada liberdade de expressão"

Imagem da noticia Bolsonaro se reúne com vice-presidente mundial do Telegram
Da esq. para a dir., Alan Thomaz, Jair Bolsonaro e Ilya Perekopsky; presidente cumprimenta vice-presidente do Telegram (Reprodução/Telegram)
• Atualizado em
Publicidade

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu nesta 3ª feira (7.jun) com o vice-presidente mundial do Telegram, Ilya Perekopsky, e o representante legal da empresa no Brasil, Alan Thomaz. O encontro -- fora da agenda oficial -- veio um dia depois de o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Edson Fachin, receber Perekopsky e Thomaz e ouvir do primeiro o anúncio de uma série de medidas "inéditas", segundo a Corte, que a plataforma está criando e implementando no país com o objetivo de combater a desinformação nas eleições deste ano. Entre elas, o monitoramento de conteúdos publicados nos grupos e a possibilidade de os usuários marcarem e denunciarem ao app mensagens com teor desinformativo - para análise e, se contatada a fake news, divulgação da verdade.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

De acordo com Bolsonaro, na reunião desta 3ª feira, houve "uma ótima conversa sobre a sagrada liberdade de expressão, democracia e cumprimento da Constituição Federal". No mês passado, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que o partido queria falar com o TSE sobre o Telegram, porque a plataforma não possuía regras para evitar a divulgação de fake news. "Isso nos preocupa muito, está sendo utilizado de uma maneira disseminante", pontuou.

Nesta 2ª feira, Ilya Perekopsky afirmou a Fachin que, por meio do monitoramento de conteúdo, quando o Telegram identificar mensagens descontextualizadas ou falsas, avisará os usuários que o conteúdo trata-se de potencial desinformação. Além disso, a encaminhara para as canais de agências de checagem na plataforma, para análise e divulgação da verdade.

O vice-presidente do Telegram disse ao ministro, ainda, que a companhia está empenhada em cumprir as leis nacionais, principalmente as que tem o objetivo de garantir a troca de informações verdadeiras e impedir a divulgação de fake news, e se dispôs a responder mais rápido aos pedidos do TSE na campanha eleitoral.

Fachin, por sua vez, de acordo com a Corte, "agradeceu pela relação que o Telegram vem ativamente construindo com o TSE nos últimos meses", reforçou que a Justiça Eleitrla tem compromisso com a liberdade de expressão relembrou que o TSE se preocupa com a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2022.

A Corte Eleitoral apresentou ao Telegram na 2ª também uma lista de questões que a auxiliaram a monitorar e combater proliferação de fake news, entre as quais uma sobre se seria possível a plataforma registrar a origem de uma mensagem maliciosa, o que ajudaria a identificar os responsáveis pelo material. De acordo com Perekopsky, não há possibilidade de atender a algumas delas, por causa das características operacionais do app, mas outras poderão ser analisadas para, futuramente, implementarem.

Veja também:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade