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"Será o fim da economia", diz Bolsonaro sobre marco temporal

Segundo presidente, ampliação da demarcação de terras indígenas impactaria o agronegócio

"Será o fim da economia", diz Bolsonaro sobre marco temporal
Declaração do presidente foi dada em entrevista ao canal Terraviva | Reprodução/YouTube
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar sobre o marco temporal na demarcação de terras indígenas, pauta no Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao canal Terraviva, nesta segunda-feira (6.jun), Bolsonaro alegou que a aprovação do projeto pela Corte resultaria no fim do agronegócio, bem como da economia brasileira.

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"Hoje, o Brasil tem 14% de terras indígenas demarcadas, o que é equivalente a região do sudeste. Temos agora o fantasma do novo marco temporal, que está no Supremo. Ele sendo aprovado, teremos uma outra área, equivalente a região sul, demarcadas como terras indígenas e inviabilizadas para o agronegócio. Será o fim da economia, da segurança alimentar e do nosso Brasil", disse.

Segundo ele, é impossível cumprir o projeto, uma vez que dois terços do território brasileiro já está inviabilizado para trabalhos como mineração e criação de gado. A conclusão do asfaltamento da rodovia federal BR-158 também foi comentada por Bolsonaro, que está em discussão no Congresso desde o ano passado devido a uma parte da via pertencer a uma reserva indígena.

Em relação às invasões de terra, o chefe de Estado comentou que medidas como a titulação de terra, o armamento de fazendeiros e a suspensão do financiamento de determinadas organizações auxiliaram na diminuição de ocorrências. Ele também ressaltou que 350 mil títulos de terra foram dados para o pessoal assentado.

"Tiramos a força do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que usavam as forças para tumultuar o agronegócio brasileiro. No governo Fernando Henrique Cardoso, o número de invasões era de 300 por ano, no governo Lula, 250, no Dilma, 160 e no Temer, 27. Agora, são quatro invasões por ano", afirmou.

Petrobras

Focando no tema dos combustíveis, Bolsonaro afirmou que apoia o projeto que limita em 17% a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis e comentou sobre a privatização da Petrobras. Segundo ele, o processo é "difícil", uma vez que a estatal tem "uma ganância enorme" e uma margem de lucro "exagerada".

"A privatização da Petrobras é muito difícil. Conversei com o ministro das Minas e Energia, ele tem essa intenção, deu o pontapé inicial, mas dificilmente vai para frente isso. Correndo tudo certo, vai levar uns quatro anos. E você tem que modular isso aí, não pode simplesmente quem pagar mais levar", afirmou.

O chefe de estado ressaltou que o atual governo está tentando mudar o cenário, mas que há uma dificuldade devido à burocracia do processo. "Esperamos que até lá não haja um novo aumento de combustíveis", acrescentou.

Eleições

Durante a entrevista, Bolsonaro também voltou a comentar sobre a desconfiança no sistema eleitoral brasileiro e afirmou que "não está atacando a democracia, mas sim preservando o estado democratico de direito". Para ele, a falta de transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenta eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "de forma não aceitável".

+ Encontro entre Biden e Bolsonaro é marcado por desconfianças mútuas

"Essas suspeitas todas fazem eu ficar preocupado com as eleições. Eu quero transparência e quero voto auditável, coisa que o TSE está nos negando", disse o presidente, acrescentando que algumas das medidas ideias para maior confiança no processo eleitoral brasileira seria o voto impresso e a contagem como um ato público.

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