Bolsonaro diz que reajuste à PRF é impedido por outra categorias
Governo recuou do reajuste de 20% a policiais rodoviários, capaz de os equiparar a agentes da PF
SBT News
O presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou que o reajuste real aos Policiais Rodoviários Federais (PRF) não pode ser concedido, porque demais categorias públicas não estariam permitindo ficar de fora do aumento salarial. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (30.mai), após sobrevoo a áreas atingidas pelas fortes chuvas na região metropolitana do Recife.
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"Reconhecemos o trabalho de todos os servidores, aqui PRF, PF e tantos outros, mas no momento tá bastante complicada a situação. Digo a vocês publicamente, PRF: o grande problema não é o nosso lado. É outros servidores que não admitem reestruturar vocês, sem que dê aumento até abusivo pro outro lado", disse Bolsonaro.
Desde que anunciou a reserva de R$ 1,7 bilhão para reajuste salarial para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes de segurança do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Bolsonaro viu eclodir manifestações e até greves de demais categorias que se sentiram desprestigiadas, como profissionais da Receita Federal, do Banco Central e da Educação.
O governo estudava conceder um reajuste de 20% nos salários da PRF, para equiparar a categoria com agentes da Polícia Federal (PF). Mas a possibilidade de novas manifestações de insatisfação em demais áreas do funcionalismo público tem travado o andamento do plano, que deve voltar a ser o de reajuste linear de 5% a todos os servidores públicos.
A política do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas públicas à inflação, também voltou a ser citada por Bolsonaro como impeditivo para o cumprimento da promessa de reajuste real dos salários de servidores federais da segurança pública. "Pessoal da PRF, nós somos o primeiro governo a ter teto de gastos. Eu não posso dar aumento pra PF, PRF, pra Receita, a quem quer que seja, sem existir uma dotação orçamentária para tal".