Fachin, Barroso e Moraes "infernizam o Brasil", diz Bolsonaro
Segundo o presidente, Moraes é o "mais ativo" e se comporta como "líder de partido de esquerda"
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista divulgada nesta 6ª feira (20.mai), que três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) "infernizam o Brasil": Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Segundo ele, Moraes seria o "mais ativo".
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"Temos, na verdade, três ministros que infernizam não o presidente, o Brasil. O Fachin, o Barroso e o Alexandre de Moraes. Esse último é mais ativo e se comporta como líder de partido de esquerda, de oposição o tempo todo", disse o mandatário ao jornal Correio da Manhã.
Bolsonaro citou ainda o inquérito das Fake News. Na noite de 2ª feira (17.mai), o chefe do Executivo ajuizou uma ação no STF contra o ministro Alexandre de Moraes, alegando abuso de autoridade. Entre as justificativas apresentadas, estava a manutenção do Presidente da República como investigado no inquérito que apura a disseminação de notícias falsas nas últimas eleições.
"E por que essa ação? Esse inquérito da fake news? Primeiro que fake news não existe. Nos acusam de gabinete do ódio. Me apresenta uma matéria. 'Olha, essa matéria acho que nasceu do gabinete do ódio'. Não tem", argumentou o presidente.
O chefe do Executivo comentou ainda sobre a atuação do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. "Eu não vou negar que eu não esperava que ele [Pacheco] fosse ser tão parcial como está sendo ultimamente. Eu vejo na mídia e ele diz que está protegendo o Supremo", disse.
"Não é atribuição nossa proteger o outro Poder. É tratar com dignidade e isenção, como propriamente diz nossa Constituição. E o poder mais forte do momento, da República, é o Supremo", acrescentou.
Na 5ª feira (19.mai), Pacheco disse, em evento organizado pelo Conselho da Justiça Federal (CJF), que democracia "não se faz sem o absoluto respeito ao Poder Judiciário". No mesmo dia, Bolsonaro e Moraes encontraram-se pela primeira vez após o chefe do Executivo entrar com processos para que o magistrado fosse investigado por suposto abuso de autoridade. Eles trocaram breve aperto de mãos.