"Aguenta pressão", diz Mourão sobre presidente da Petrobras
Declaração do vice ocorre em meio a cobranças para que a estatal contenha aumento dos preços dos combustíveis
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O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) disse nesta segunda-feira (14.mar) que o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna "aguenta pressão". A declaração foi dada após ser questionado sobre as cobranças que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem feito para que a estatal contenha os preços dos combustíveis no Brasil, pressionados pela valorização do petróleo provocada pela guerra entre Russia e Ucrânia.
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"O Silva e Luna é resiliente, sempre foi. Como bom nordestino, ele aguenta pressão", disse o vice-presidente, que ainda complementou: "Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa e o término sempre vai ser uma bagunça, né? O governo está buscando soluções junto com o Congresso, seja aí, mudança do cálculo do ICMS, questão de fundo para estabilização, a redução do PIS-Cofins a zero. Então, são soluções que estão sendo buscadas em um momento difícil do mundo que, uma vez solucionada a situação do conflito vivido entre a Rússia e a Ucrânia, a tendência é que o preço volte aos níveis anteriores".
O conflito armado na Europa fez a Petrobras anunciar aumento de preços, na semana passada, após 57 dias sem reajustes: 18,8% sobre o litro da gasolina e 24,9% sobre o diesel. O gás GLP também foi alvo do reajuste, com 16% após mais de 150 dias. A Rússia é a segunda maior exportadora de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita. A diminuição ou interrupção total do fornecimento da matéria-prima de combustíveis pelo país faz a oferta diminuir e os preços subirem.
Mesmo diante da questão internacional, Bolsonaro disse no fim de semana que a Petrobras não tem sensibilidade com os brasileiros. A empresa, por sua vez, declarou que o reajuste foi necessário para evitar risco de desabastecimento. Silva e Luna preside a estatal desde abril de 2021, quando o chefe do Executivo Federal teve divergências agravadas com o economista Roberto Castello Branco, também por conta da política de preços dos combustíveis.