Após fusão com PSL, Onyx deve deixar DEM e cogita voltar ao PL
Ministro do Trabalho e Previdência é pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul
O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, tem intensificado as conversas com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, sobre a possibilidade de filiação à sigla. Lorenzoni começou a história político-partidária no PL, depois foi para o PFL, que mudou de nome e virou DEM. Com a confirmação da fusão entre o DEM e o PSL, Onyx não vai fazer a transição para o União Brasil, e deverá aproveitar a janela para os filiados que não querem aderir à nova legenda para escolher outra sigla.
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O ministro, que é um dos aliados mais fiéis de Bolsonaro, queria esperar a decisão do presidente, que está sem partido, para acompanhá-lo na filiação. Como no Palácio do Planalto a volta de Bolsonaro ao Progressistas é dada como certa, neste caso, o ministro do Trabalho não teria como seguir o presidente. Onyx quer concorrer ao governo do Rio Grande do Sul, e pelo PP gaúcho quem deverá ser o escolhido para a disputa é o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS).
O PL fez parte do primeiro governo do ex-presidente Lula, compondo a chapa majoritária com a indicação do empresário José Alencar para vice. Atual presidente da sigla, o ex-deputado Valdemar Costa Neto foi condenado no escândalo do Mensalão e, em 2005, renunciou ao mandato depois de assumir sozinho a responsabilidade sobre o acordo financeiro que viabilizou a formalização da aliança entre PT e PL nas eleições de 2002.
Atualmente, o Partido Liberal tem cargos no governo Bolsonaro e comanda um dos ministérios mais importantes da Esplanada. A ministra Flávia Arruda foi indicada em março deste ano para a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política. Por causa desse movimento Bolsonaro precisou mexer com os ministros-militares, que ocupavam pastas no Planalto. O PL também faz parte da tropa de choque do governo na CPI da Pandemia. O senador Jorginho Mello (PL-SC), que deve concorrer pela sigla ao governo de Santa Catarina, é um dos mais atuantes na defesa da gestão Bolsonaro durante a pandemia.