"Estar preso, ser morto ou vitória", diz Bolsonaro sobre futuro
Em Goiânia, presidente também declarou que não provoca ruptura, mas que "tudo tem limite"
O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (28.ago) ao participar de culto evangélico em Goiânia que "não deseja e nem provoca ruptura. Mas que tudo tem um limite", reforçando o que vem dizendo nos últimos dias conta decisões de desmonetização de sites que divulgam fake news, pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O presidente também fez referências às investigações em curso na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia -- CPI da Covid -- do Senado Federal. "Tenho três alternativas para o meu futuro: estar preso, ser morto ou a vitória. Pode ter certeza: a primeira alternativa, preso, não existe. Nenhum homem aqui na Terra vai me amedrontar. Tenho a consciência de que estou fazendo a coisa certa", afirmou em discurso para apoiadores.
O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL) está preparando seu relatório final para ser apresentado nas próximas semanas e já anunciou que há indícios de indiciar o presidente Bolsonaro junto ao Ministério Público pela gestão da pandemia no país. Ainda sobre as possíveis acusações, o presidente Bolsonaro disse que "nas palavras de alguns poucos vou ser enquadrado em charlatanismo e curandeirismo por causa da hidroxicloroquina".
Bolsonaro ainda ameaçou o STF, caso seja alterado o marco temporal para demarcação de terras indígenas, hoje vinculado à data de promulgação da Constituição de 1988. "Caso isso seja aprovado, eu tenho duas opções: não vou dizer agora, mas já está decidida qual é essa opção. É aquela que interessa ao povo brasileiro. É aquela que está ao lado da nossa Constituição".
Após a reunião com lideranças políticas e evangélicas goianas, Bolsonaro retorna a Brasília e não possui agenda oficial no restante do sábado.
